
Para não ficarem com a imagem de que ‘passaram pano’ para os atos de vandalismo extremo que um grupo bolsonarista cometeu ontem (8), em Brasília, os parlamentares que compõem a bancada federal pelo Amazonas – e que defendiam a ideologia disseminada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – criticaram o cenário de destruição deixado no Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto.

Sem comentar, de forma mais aprofundada o tema, o deputado Pablo Oliva (União Brasil) apenas compartilhou duas imagens sobre o assunto: uma em que divulgava o início da situação ocorrida em Brasília, quando os manifestantes furaram o bloqueio que dava acesso à Esplanada dos Ministérios; a outra imagem expõe a decisão do STF em afastar o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias.
Da mesma maneira fez o deputado Silas Câmara (Republicanos). Um dos principais apoiadores de Bolsonaro no AM, ele se esquivou de culpabilizar e avaliar, de forma mais contundente, os ataques que os prédios sofreram, limitando-se a “lamentar e repudiar” o ocorrido.
“Nós, da Bancada Republicana, não compactuamos e repudiamos qualquer manifestação que ultrapasse os limites democráticos e façam uso de violência, seja ela da direita ou da esquerda. Devemos usar a nossa liberdade de expressão com ordem e decência sempre”, escreveu.
O mais antigo da bancada, deputado Átila Lins (PSD) escreveu em suas redes sociais que os atos de vandalismo trazem instabilidade para o país e destacou que a democracia “tem que ser respeitada”.
“O ato de se protestar pacificamente reforça o regime democrático. Manifesto o meu repúdio aos vândalos e criminosos que confundiram hoje liberdade de expressão com atos e atitudes radicais, depredando o patrimônio público, causando um clima de intranquilidade em nosso país. A democracia tem que ser respeitada. Os insurgentes tem que ser punidos exemplarmente”, publicou o parlamentar.
Bosco Saraiva, presidente do Solidariedade/AM, além de repudiar o que chamou de atos antidemocráticos, ressaltou que “nada haverá de frear o fortalecimento da democracia brasileira”.
O perfil mais bolsonarista da bancada, hoje, pertence ao Capitão Alberto Neto (PL). Ele alega que uma parte da direita brasileira “caiu numa armadilha”, fortalecendo a narrativa da esquerda e dando justificativas para uma intervenção federal, comparando o ocorrido em Brasília com a invasão do Capitólio, nos Estados Unidos.
“Sabedoria é aprender com os erros dos outros. A invasão do Capitólio, além de causar a morte de cinco pessoas, enfraqueceu os republicanos/conservadores. Precisamos agir com inteligência! Entendo a indignação e a angústia da população com a atual situação do nosso país. Entretanto, as manifestações devem ser pacíficas”, escreveu.
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