BRASÍLIA, DF – A cota parlamentar é um valor pago pela Câmara Federal para que os deputados possam efetuar o pagamento de gastos referentes aos seus mandatos. Entre as despesas estão passagens aéreas, escritório no estado de origem do parlamentar, serviços postais e a divulgação da atividade parlamentar.
O que chama a atenção é que, mesmo durante o recesso parlamentar, que aconteceu no mês de Julho de 2021, os parlamentares apresentaram notas fiscais referentes à divulgação das suas atividades.
A controvérsia é que durante esse período, as atividades do Congresso estavam paralisadas, portanto não havia a necessidade de trabalho de divulgação.
Entre os parlamentares amazonenses que mais gastaram com divulgação no mês de julho, estão Silas Câmara (Republicanos), que gastou R$ 30.656,48, Capitão Alberto Neto (Republicanos), com R$ 18.997,00 e José Ricardo, com R$ 12.800,00.
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Segundo o Portal da Câmara dos Deputados, Silas Câmara gastou R$ 17 mil na impressão de 30 mil exemplares de um informativo com a sua ação parlamentar, no mês de Julho. Porém, no mesmo mês, o parlamentar pagou uma segunda nota, no valor de quase R$ 13 mil reais pelo mesmo serviço, com a impressão de mais 22 mil exemplares desse material.
Os parlamentares também gastaram muito com locomoção em um mês em que, teoricamente, estariam de férias. Entre locação de aeronaves, como foi o caso do deputado Átila Lins (PP), que chegou a gastar o valor de R$16 mil reais; locação de carros, no valor de R$ 4.200, gastos pelo deputado Bosco Saraiva (Solidariedade) e combustíveis, gastos pelo deputado José Ricardo (PT), no valor de R$ 5 mil reais.
O montante de despesas da bancada amazonense na Câmara, no mês de Julho, ultrapassou R$ 160 mil reais. Em 2021, desde o início dos trabalhos legislativos, os deputados do Amazonas já custaram R$ 1,5 milhão de reais.
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Embora haja a alegação de que esse dinheiro é um direito dos parlamentares, o exagero nos gastos prejudica a população que sofre com a falta de assistência em setores básicos como saúde, alimentação e segurança, além de ter que esperar a aprovação do Congresso Nacional em relação a projetos como os programas de transferência de renda e a geração de postos de trabalho.
Enquanto isso, deputados e senadores passeiam pelo Estado, utilizando o dinheiro público, se promovendo para a campanha de 2022 e garantindo suas cadeiras em Brasília, onde poderão usufruir de todos os benefícios negados a quem mais precisa.
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