Manaus, 14 de maio de 2025
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Cenário

Com polêmicas e escândalos, Bi Garcia tenta fortalecer sucessor contra Brena Dianná

A cidade de Parintins, que enfrenta uma crise hídrica, é o segundo maior colégio eleitoral do interior do Amazonas.

Com polêmicas e escândalos, Bi Garcia tenta fortalecer sucessor contra Brena Dianná

Pré-candidatos Parintins (Foto: Reprodução/Instagram/@brenadianna/@mateusassayag)

Manaus (AM) – Desde o final do ano passado, o eleitorado do município Parintins (a 369 de Manaus) já demonstrava preferência pela vereadora de oposição Brena Dianná (UB), segundo pesquisa de intenções de voto para a prefeitura da cidade.

O atual prefeito Bi Garcia, por outro lado, tenta eleger um substituto para o comando da cadeira principal do segundo maior colégio eleitoral do interior do Amazonas.

Até a última atualização do Tribunal Regional Eleitoral (TR -AM), Parintins registra 70.228 eleitores. O município fica atrás apenas de Manacapuru, que com 75.992 eleitores soma o maior colégio eleitoral do interior.

A disputa pela prefeitura de Parintins começou a ganhar forma quando a aliança entre Bi Garcia (PSD) e o governador Wilson Lima (UB) rachou. Lima é presidente estadual do União Brasil e entregou o diretório municipal do partido à vereadora opositora Brena Dianná.

Como cumpre um segundo mandato, Bi Garcia não pode mais se candidatar. A Legislação Eleitoral impede um terceiro mandato consecutivo. Dessa maneira, o prefeito lançou o nome de Matheus Assayag (PSD) para a disputa eleitoral. Sem apoio da maior liderança do estado, Bi Garcia e Matheus Assayag se filiaram ao PSD, partido do Senador Omar Aziz, para tentar fortalecer o arco de aliança.

Escândalos atual gestão

Entre uma série de polêmicas, escândalos e supostos superfaturamentos, Bi Garcia tenta fortalecer a pré-candidatura do sucessor, Matheus Assayag, contra Brena Dianná.
A mais recente é um contrato no valor de R$ 4.490.094,74, firmado sem licitação, entre a Prefeitura de Parintins e a Fundação de Apoio à Universidade Federal de São João Del Rei. O prefeito também é acusado de decretar situação de emergência na rede de abastecimento de água do município para evitar a necessidade de licitação em período eleitoral.
A cidade de Parintins enfrenta uma crise hídrica, conforme revelam novos relatórios da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama) e da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM). Segundo relatórios, há ausência de tratamento com cloro, o que indica negligência no saneamento.

Vale destacar que a situação ocorre às vésperas do Festival Folclórico de Parintins, em junho, evento turístico que atrai centenas de turistas à cidade.

Em 2021, o prefeito firmou contrato exorbitante para a educação, enquanto os alunos estavam sem aulas presenciais devido à pandemia de Covid-19.
Bi Garcia também já teve que se justificar por desembolsar R$ 500 mil na contratação da Cantora Anitta para uma apresentação na cidade.

Pequisa intenções de voto

Nas primeiras pesquisas de intenções de voto, de junho de 2023, Brena Dianná aparecia com 2,9% da preferência do eleitorado, em sondagem espontânea, seguida por Michelle Valadares (Novo), que registrou 2,5%. O candidato de Bi Garcia, Matheus Assayag, entretanto, vinha em terceiro, com 1,2%. Todos os outros pré-candidatos pontuaram menos de 1%. Na observação estimulada, Brena chegava a 24,4%, Michele a 19,4% e Matheus alcançava 11,2%.

Já no final do ano passado, em novembro, ensaio eleitoral indicava subida de Matheus Assayag. Brena, no entanto, continuava na liderança pela corrida eleitoral. Os chegaram a registrar 11,5% das intenções de voto, segundo modalidade espontânea da pesquisa, deixando Michele Valadares para trás.

Já os dados de um estudo estimulado, quando os nomes são apresentados aos entrevistados, mostram que Brena volta a assumir a ponta, com 32,4% das pretensões de votos, contra 22,8% de Matheus Asssayag.

Em potencial de rejeição, ainda conforme as pesquisas eleitorais, O candidato de Bi Garcia, Matheus Assayag assume a liderança com 19,6%, enquanto a escolhida por Wilson Lima fica com 9,7% de desaprovação dos eleitores parintinenses.

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