
Presidente Lula e Guilherme Boulos - Foto: (Ricardo Stuckert/PR)
Brasília (DF) – Após perder para Ricardo Nunes (MDB-SP) a disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2024, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) é cotado para o cargo de ministro.
Segundo as especulações, o parlamentar deve atuar na Secretaria-Geral da Presidência da República, responsável pela articulação do governo com os movimentos sociais. O atual ocupante da pasta é Márcio Macêdo (PT), ex-tesoureiro da campanha do presidente, porém, sua atuação não tem sido elogiada por Lula.
Mas o nome de Boulos não é o favorito da ala petista da base do governo. Para o grupo, a secretaria precisa continuar com a sigla. Nesta linha, surge outro nome, Paulo Pimenta, ex-ministro da Secretaria de Comunicação.
Boulos nem assumiu e já recebeu comentários irônicos sobre o cargo. O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), por exemplo, publicou em suas redes sociais: “LULA quer Boulos em um ministério. Será que ele finalmente vai criar o ‘Ministério dos Vagabundos Terroristas’?”.
Quem é Boulos?
Formado em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em Psicanálise, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), de 42 anos, já foi candidato à presidência em 2018.
Em 2020, disputou a Prefeitura de São Paulo, chegando ao segundo turno com Bruno Covas (PSDB).
Já em 2022, Boulos foi eleito pelos paulistanos com mais de um milhão de votos como deputado federal.
O parlamentar também concorreu em 2024 à prefeitura, mas assim como em 2020, perdeu para o candidato da oposição, Ricardo Nunes (MDB), apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele é coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).
Reforma ministerial
Novos ministros devem ser anunciados por Lula nas próximas semanas. As trocas começaram na semana passada, com a saída de Nísia Trindade do Ministério da Saúde e a nomeação de Alexandre Padilha da Secretaria de Relações Institucionais para a vaga.
Na sexta-feira (28), o presidente anunciou no nome da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para assumir a Secretaria de Relações Institucionais. O cargo articula diretamente com o Congresso Nacional. Os parlamentares assumem as pastas na próxima segunda-feira (10).
Outro nome cotado para o novo escalão de ministros é o da deputada federal Tábata Amaral (PSB-SP), para a pasta de Ciência e Tecnologia, movendo Luciana Santos para o Ministério das Mulheres e tirando Cida Gonçalves do grupo de ministros.
O ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também está entre os contados, ele pode assumir o Ministério do Desenvolvimento e Indústria, comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
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