Manaus, 22 de maio de 2025
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Cenário

Conflito político interno expõe fragilidades no PSoL-Manaus

Ao Portal AM1, tanto Marcelo Amil quanto Natália Demes, presidente municipal do PSoL, contaram as suas versões sobre a polêmica.

Conflito político interno expõe fragilidades no PSoL-Manaus

(Fotos: Divulgação/Assessoria)

Manaus (AM) – Um conflito político no Partido Socialismo e Liberdade (PSoL), em Manaus, está ganhando cada vez mais proporção, pois os pré-candidatos à Prefeitura de Manaus, Marcelo Amil e Natália Demes resolveram brigar pela cadeira do prefeito David Almeida (Avante) e, ao que parece, essa batalha ainda está longe de terminar.

Nesta quinta-feira (23), por exemplo, Marcelo Amil publicou nas suas redes sociais que apresentou denúncia contra Natália Demes, presidente municipal do PSoL e escolhida como o nome que representará a sigla nas eleições municipais, já que segundo ele, Demes “é sócia de uma empresa acusada de desviar R$ 900 mil da reforma de uma escola do interior do Amazonas”.

Conforme a denúncia nas redes sociais, ele enviou duas representações para a presidente estadual do partido, Mena Bianca, de quem “nunca obteve respostas” e, por esse motivo, resolveu vir a público cobrar posicionamentos. As representações foram enviadas antes da conferência que escolheu Demes como a pré-candidata do PSOL, afirmou ao Portal AM1.

Cobranças de Marcelo Amil nas redes sociais (Foto: Reprodução/Instagram – @marcelo.amil)

“A Mena, presidenta estadual, deu uma declaração à Bandnews, dizendo que a denúncia que fiz havia sido rejeitada. Daí, eu enviei um e-mail a ela pedindo a comprovação disso, e a secretária-geral do partido me respondeu, dizendo que não houve qualquer deliberação, ou seja, a Mena mentiu na imprensa. Eu já enviei dois e-mails a ela (Mena) e ela não confirmou recebimento de nenhum deles, daí, como ela não responde, resolvi cobrar via Instagram”.

Ao Portal AM1, Amil reafirmou tudo o que já havia divulgado e disse que não vai retirar a pré-candidatura, pois acredita que Natália será inabilitada para concorrer ao pleito eleitoral, deixando o caminho livre para ele.

Versão de Natália Demes

A presidente municipal do PSoL também foi procurada pelo AM1 e alegou estar sofrendo violência política de gênero por parte do colega. Ela nega todas as acusações feitas por Amil.

“Ele utiliza dessa velha tática de violência política e, nesse caso, violência política de gênero, pois tenta minar a única pré-candidatura de uma mulher na esquerda com esse tipo de calúnia.”

Segundo Natália, o comportamento de Marcelo Amil “é de quem não se importa verdadeiramente com o partido e com a construção de uma figura pública com representatividade no campo progressista”.

A pré-candidata não descarta a possibilidade de que todo esse “alvoroço” feito por Marcelo passe de uma estratégia para que ela não seja confirmada na convenção partidária em agosto. Mas Natália não ficou quieta com toda essa exposição negativa, pois tratou de afirmar que, por más práticas como filiado, em 2022, Amil foi suspenso do partido por seis meses.

“Ele já foi suspenso do partido por 6 meses por más práticas como filiado em 2022 e ninguém levou isso para a mídia. Não temos nenhum ganho em expor nossas figuras públicas. Ele, no caso, não só expõe como propaga fake news com teor calunioso e isso leva a, no mínimo, nos perguntarmos se ele tem compromisso de fato com a construção partidária”, dispara.

Marcelo disse à reportagem que não teve nada a ver com a polêmica, tanto, que nunca foi intimado no suposto processo.

“É porque não foi comigo. Foi suspensa a presidente estadual na época, a Lane, e puseram no bolo eu e mais dois filiados pra justificar. Tanto que eu nunca fui intimado nesse suposto processo. Pede dela o número, ela não vai dar, porque não existe. Suspenderam por seis meses sem dar direito a absolutamente nenhuma defesa. Arbitrariedade total”.

Procurada pela reportagem, a fim de esclarecer a polêmica, a presidente estadual Mena Bianca não se manifestou.

 

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