Manaus, 26 de abril de 2024
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Brasil

Conheça as brasileiras que sequenciaram o genoma do coronavírus

Pesquisadoras da USP encabeçaram pesquisa feita em tempo recorde para entender origem da epidemia

Conheça as brasileiras que sequenciaram o genoma do coronavírus

Ester e Jaqueline (Reprodução)

Duas mulheres e um homem capitanearam a corrida para sequenciar o genoma do coronavírus apenas dois dias depois da confirmação do primeiro caso no Brasil. Os resultados vieram de equipes do Instituto Adolfo Lutz, que confirmou o diagnóstico de um paciente na quarta, 26, pela USP e pela Universidade de Oxford, na Inglaterra.

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O genoma carrega as informações hereditárias do vírus codificadas em seu DNA. “Ao sequenciá-lo, ficamos mais perto de saber a origem da epidemia. Sabemos que o único caso confirmado no Brasil veio da Itália, contudo, os italianos ainda não sabem a origem do surto, pois ainda não fizeram o sequenciamento de suas amostras. Não têm ideia de quem é o paciente zero e não sabem se ele veio diretamente da China ou passou por outro país antes”, disse Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP à Agência Fapesp.

Ester coordena o Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (Cadde), que estuda em tempo real epidemias como dengue e Zika. Segundo ela, o objetivo do trabalho é produzir respostas que ajudem os serviços de saúde em testes diagnósticos e no desenvolvimento de vacinas.

A equipe de Ester Sabino treinou pesquisadores desde o primeiro caso na Itália para usar uma tecnologia de sequenciamento chamada MinION, que já é usado para monitorar a evolução do vírus Zika nas Américas.

O sequenciamento do genoma do coronavírus foi levado por um outro grupo de pesquisadores coordenados por Jaqueline Goes de Jesus, pós-doutoranda na Faculdade de Medicina da USP e bolsista da agência de fomento Fapesp.

Jaqueline desenvolve pesquisas sobre o mapeamento do Zika no Brasil. Por fim, junto com ela, estava Claudio Tavares Sacchi, responsável pelo Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz, que busca padronizar ensaios moleculares para a detecção de agentes infecciosos de interesse em saúde pública. As imformações são do Fórum.