Manaus, 27 de abril de 2024
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Economia

Contas do governo fecham no azul em R$ 79,3 bilhões

O resultado veio após um déficit de R$ 116,147 bilhões em dezembro.

Contas do governo fecham no azul em R$ 79,3 bilhões

(Foto: Arquivo/Agência Brasil)

As contas do governo central ficaram no azul em janeiro. No mês passado, a diferença entre as receitas e as despesas (sem contar os juros da dívida) ficou positiva em R$ 79,337 bilhões. O resultado veio após um déficit de R$ 116,147 bilhões em dezembro.

O saldo – que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – representa o terceiro melhor desempenho em termos reais para o mês na série histórica do Tesouro, iniciada em 1997. Em janeiro de 2023, o resultado havia sido positivo em R$ 78,906 bilhões, em valor nominal.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que o resultado de janeiro ficou R$ 12 bilhões acima da estimativa inicial que o governo havia previsto para o mês.

“Na nossa programação, o superávit que era esperado para janeiro era de R$ 67 bilhões, então, para um primeiro mês, tivemos diferença positiva de R$ 12 bilhões, que ajudam a absorver eventuais frustrações nos próximos meses”, disse Ceron ontem ao comentar os dados.

Ele reforçou que a Fazenda ainda busca um resultado fiscal mais próximo do equilíbrio orçamentário e, com isso, “mudar definitivamente a trajetória fiscal” do Brasil.

No acumulado de 12 meses até janeiro, porém, o governo apresenta um rombo de R$ 235 bilhões – equivalente a 2,1% do PIB. A meta para 2024 é de zerar o déficit das contas públicas.

Com a estreia do arcabouço fiscal – nova regra para controle das contas públicas -, o resultado pode variar num intervalo de tolerância entre 0,25 ponto porcentual para cima ou para baixo, ou seja, entre -0,25% e 0,25% do PIB.

Receitas e despesas

Em janeiro, as receitas tiveram alta real de 3,7% em relação a igual mês do ano passado. Já as despesas subiram 6,8% em janeiro, já descontada a inflação.

Ceron destacou um crescimento forte na entrada de receitas administradas pela Receita em janeiro, de 6,9%. “São sinais, com entrada de receitas pontuais, sim, mas de que a atividade econômica está respondendo com arrecadação mais difundida entre os tributos que compõem a base”, disse o secretário do Tesouro ao comentar os dados de janeiro.

No Imposto de Renda, houve um aumento de R$ 2,7 bilhões na arrecadação do mês passado.

 

(*) Por Fernanda Trisotto e Amanda Pupo – Estado de São Paulo

 

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