Foto: Márcio Silva - Portal Amazonas1
A variante do novo coronavírus, batizada de P.1, já foi detectada em nove municípios do Amazonas, incluindo a capital do Estado. A informação consta em uma nota técnica conjunta divulgada pelo Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) e Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), nesta sexta-feira (29).
Segundo o documento, foi encontrada a circulação da variante P.1 em Manaus, Rio Preto da Eva, Careiro, Anori, São Gabriel da Cachoeira, Iranduba, Presidente Figueiredo, Tabatinga e Manacapuru.
Entre as amostras colhidas em janeiro de 2021, essa nova variante estava presente em 32 das 35, o que representa 91%, aponta o estudo. Já a análise de 250 genomas de coronavírus de pacientes do Amazonas revelou que 18 linhagens diferentes do vírus já circularam pelo Estado.
Desse total de 250 genomas sequenciados, 177 foram provenientes de Manaus e outros 73 de 24 municípios do interior, como uma frequência maior de três linhagens: B.1.1.28 (33,6%), B.1.195 (18,8%), B.1.1.33 (11,6%). A linhagem da P.1 foi identificada em dezembro do ano passado, ocasião que estava presente em 51% das amostras.
O virologista e pesquisador do ILMD/Fiocruz Amazônia, Felipe Naveca, alerta sobre a rápida evolução da nova variante do coronavírus, o que sugere uma maior capacidade de infecção das pessoas.
“Nós devemos nos preocupar com a P.1, principalmente por conta das mutações e com esse aumento rápido em termos de frequência nos casos que foram sequenciados. Isso nos sugere uma melhor adaptação desse vírus e sendo uma linhagem mais transmissíveis”, disse.
A nova variante foi identificada pela primeira vez no início de 2020 no Japão em viajantes que desembarcaram vindos de Manaus. Ela é semelhante às que se disseminaram no Reino Unido e na África do Sul e que preocupam pela maior capacidade de contágio.
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A nota técnica também traz a a análise genética, concluída no dia 13 de janeiro, que confirma reinfecção. “No mesmo dia, foi possível identificar que se tratava da nova variante denominada P.1 (B.1.1.28.1).”, diz um trecho.
Para o especialista, é preciso manter as medidas de proteção para evitar que essa linhagem se propague pelo resto do Amazonas e do Brasil.
“As orientação são as mesmas, como manter o distanciamento social, o uso correto de máscaras, a lavagem das mãos com água e sabão por, pelo menos, 30 segundos ou a utilização de álcool em gel.”, explicou Felipe Naveca.
Confira nota técnica na íntegra
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