Manaus, 5 de maio de 2024
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Cidades

Covid-19: Arquidiocese de Manaus e Igreja Presbiteriana suspendem atividades presenciais

Desde maio de 2020, igrejas e templos de qualquer culto são entidades essenciais em períodos de calamidade pública no Amazonas

Covid-19: Arquidiocese de Manaus e Igreja Presbiteriana suspendem atividades presenciais

Foto Eliana Nascimento/G1

Devido ao aumento nos números de casos da covid-19 no Amazonas, a Arquidiocese de Manaus suspendeu, na terça-feira (5), as atividades presenciais até o dia 22 de janeiro. A Igreja Presbiteriana seguiu o exemplo e também suspendeu os cultos presenciais nessa quinta-feira (7) na capital e no interior até o dia 31 deste mês.

O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), reuniu com 12 líderes das igrejas evangélicas para alinhar medidas preventivas contra a covid-19 nos templos religiosos. Na pauta, estava o decreto governamental que suspende o funcionamento de todos os estabelecimentos comerciais e serviços não essenciais no Estado do Amazonas pelo período de 15 dias.

Renê Terra Nova, representante do Ministério Internacional da Restauração (MIR), que têm aproximadamente 70 mil membros, disse que a igreja que ele lidera não fechará de forma total.

“Precisamos cooperar com as autoridades. Somos líderes de influência, e nossos discípulos nos ouvem. Temos que conservar a vida dessas pessoas. Alinhados com a prefeitura, estaremos trabalhando para que as igrejas façam sua parte. Não vamos fechar de forma total. Na MIR, adotamos cultos on-line. Ainda ficaremos abertos para quem nos procurar atrás de atendimento espiritual, psicológico e social. A igreja está aberta com salas disponíveis de oração”, informou Terra Nova.

Vice-presidente da Assembleia de Deus no Amazonas, pastor Moisés Melo lembrou o papel social desempenhado pelas igrejas durante a pandemia: “É muito importante para a população que possamos levar sempre a mensagem da esperança e da fé. Muitas das vezes, as pessoas ficam com medo e o medo mata. Faz com que a imunidade do corpo caia. Esse é o momento em que, psicologicamente, as pessoas estão muito aflitas. Temos que ter tranquilidade e manter o pensamento fixo em Deus, para que possamos vencer , não apenas a nossa cidade, mas o mundo”, disse Melo.

Igreja como serviço essencial 

Desde maio de 2020, igrejas e templos de qualquer culto são entidades essenciais em períodos de calamidade pública no Amazonas. A Lei nº 5.198, de 29 de maio, publicada no Diário Oficial Eletrônico do Estado, foi proposta no Projeto de Lei nº 136/2020 do deputado estadual João Luiz (PRB), que é pastor.

Mesmo respaldada por lei, a Arquidiocese de Manaus – por meio do arcebispo Dom Leonardo Steiner – resolveu suspender as missas como forma de prevenção.

A orientação permanece até o dia 22 de janeiro, podendo ser prorrogada. Veja abaixo horários e datas de cultos nas igrejas católicas:

Novas recomendações da Arquidiocese 

  • As celebrações e reuniões ficam suspensas a partir do dia 05 até o dia 22 de janeiro;
  • As igrejas onde for possível permaneçam abertas para as visitas  ao Santíssimo Sacramento e as orações pessoais dos irmãos e irmãs;
  • Os párocos providenciem a transmissão das celebrações on-line, auxiliados por uma equipe estritamente necessária;
  • A cúria funcionará somente para os serviços internos. Não haverá atendimento externo.
  • As secretarias das Paróquias e áreas missionárias estejam abertas para ajudar na orientação dos fiéis.
  • As celebrações com a participação dos fiéis poderão  voltar a acontecer no dia 22 de janeiro, se as prescrições não forem prorrogadas.

Sensatez da Igreja Presbiteriana 

O pastor Francisco Chaves da igreja presbiteriana, disse que suspender os cultos presenciais é uma forma consciente da responsabilidade social da instituição em realizar ações que possam contribuir de forma significativa com a contenção da disseminação do vírus no Estado, bem como a preservação do bem-estar da comunidade e da sociedade em geral.

“A decisão de suspender os cultos presenciais é um ato de amor e de cuidado com os membros da IPManaus, com a Capital e com o Amazonas. Também é um ato de fé, pois o Conselho tomou essa decisão pensando na preservação de vidas e crendo que o Senhor nosso Deus vai nos sustentar”, declarou o pastor.

Documento da Arquidiocese