Manaus, 2 de maio de 2024
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Cenário

Covid-19: ‘Não furem a fila da vacina’, pede juíza federal do Amazonas

Além da juíza, o deputado federal Marcelo Ramos (PL), também fez o mesmo pedido por meio de postagem nas redes sociais

Covid-19: ‘Não furem a fila da vacina’, pede juíza federal do Amazonas

Após surgirem informações de que algumas pessoas estavam supostamente “furando a fila” para recebimento da vacina de covid-19 em Manaus, a juíza federal Jaiza Fraxe pediu para que isso não ocorra e que as pessoas denunciassem à Justiça. Na postagem feita em uma rede social, na noite de terça-feira (19), a magistrada afirma que “o povo do Amazonas não merece isso”.

“Faço um apelo: não furem a fila da vacina. Não deixem ninguém furar. Denunciem às autoridades federais competentes para as providências cabíveis. O povo do Amazonas não merece isso. Estamos lutando pelo direito constitucional à vida digna. Não sabotemos uns aos outros”, apelou a juíza.

Além da juíza, o deputado federal Marcelo Ramos (PL) também fez o mesmo pedido por meio de postagem nas redes sociais.

“Hoje meus irmãos perguntaram como fazíamos para vacinar a minha vó de 93 anos e a minha mãe de 70 e eu, com dor no coração, mas com respeito ao próximo, respondi: ainda não é a vez delas. Vamos primeiro proteger nossos profissionais da saúde. Não tente e não deixe furar a fila!”, declarou o parlamentar.

A manifestação das duas autoridades ocorreu em meio a uma enxurrada de manifestações contra as irmãs Gabrielle Kirk Lins e Isabbele Kirk Lins, pertencentes à família Nilton Lins, que supostamente teriam furado a fila da vacinação contra a covid-19. As duas jovens são servidoras da Prefeitura de Manaus e atuam na Unidade Básica de Saúde (UBS) Nilton Lins.

Leia mais: Prefeitura esclarece plano de vacinação e diz que ‘irmãs Lins’ não ‘furaram fila’

Com a repercussão negativa, o governo estadual se manifestou, por meio de nota, esclarecendo que a vacinação não é de sua responsabilidade e sim das prefeituras.

“O Governo do Amazonas informa que a vacinação e o controle das pessoas que recebem as doses são de responsabilidades das prefeituras. Ao Estado, cabe a entrega das vacinas para os municípios, de acordo com critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde”, esclareceu o governo.

A Prefeitura de Manaus também se manifestou, por nota, e esclareceu que as irmãs Lins foram vacinadas no primeiro dia de imunização, sem qualquer irregularidade “uma vez que se encontram nomeadas e atuando legitimamente no plantão da unidade de saúde, para a qual foram designadas, em razão da urgência e exceção sanitárias, estabelecidas nos primeiros 15 dias da nova gestão”.

Por conta de um atraso no plano de vacinação prioritária dos profissionais de saúde, somente nesta quarta-feira (20), a aplicação das vacinas ocorrerá em hospitais e demais unidades de saúde da capital para imunizar os servidores que atuam na linha de frente de combate à covid-19.

Após os esclarecimentos, o deputado Marcelo Ramos fez uma nova postagem defendendo a vacinação prioritária de profissionais da saúde sendo filhos de quem quer que seja.

“Quero fazer um esclarecimento porque procuro sempre ser justo. Eu defendi muito claramente que os profissionais de saúde que atuam na ponta do combate ao COVID tenham prioridade na vacinação. Não importa filho(a) de quem seja, se estiver atuando, tem que ter prioridade!”, esclareceu Ramos.