
(Foto: Clóvis Miranda/Semcom)
Manaus (AM) – Após a morte de uma mulher, de 45 anos, soterrada durante a forte chuva da última quarta-feira (19) em Manaus, o prefeito David Almeida anunciou, nessa quinta (20), medidas para antecipar riscos e minimizar tragédias.
Entre as ações está a instalação de novos radares meteorológicos para aprimorar a previsão do tempo, permitindo o monitoramento das chuvas com até três horas de antecedência.
Na última quarta, a capital registrou 79 ocorrências relacionadas às chuvas, incluindo a penetração na comunidade Fazendinha 2, que matou a líder comunitária Sammya Costa Maciel, de 45 anos, e deixou cinco feridos.
O prefeito relacionou os desastres naturais ao déficit habitacional, afirmando que muitas famílias vivem em áreas de risco por falta de moradia adequada.
David Almeida revelou que está buscando, junto ao governo federal, R$ 100 milhões para obras de contenção de voçorocas — regiões vulneráveis a vulnerabilidades devido à erosão.
Ele destacou que já foram catalogadas 1.650 áreas de risco na cidade, sendo 644 definições como de alto perigo. Embora as famílias tenham sido notificadas, muitas continuam nesses locais por necessidade.
Além dos investimentos em tecnologia e infraestrutura, David Almeida reforça a importância da conscientização da população. O descarte inadequado de lixo é um dos grandes fatores de alagamento na cidade.
“Muitas vezes, o problema não é jogar lixo no igarapé, mas sim deixar nas ruas, onde a chuva carrega para os bueiros e obstrui o escoamento. Precisamos mudar essa cultura”, alertou o prefeito.
A Prefeitura trabalha na construção de novas moradias para reassentar famílias em situação de risco, com a entrega de 4.700 residências por ano, dentro do programa “Minha Casa, Minha Vida”.

Prefeito David Almeida anunciou, nessa quinta, ações de combate aos impactos das chuvas com tecnologia e assistência às famílias afetadas (Foto: Dhyeizo Lemos / Semcom)
Ajuda social
Desde o início de março, a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) informou que já prestou atendimento a 647 famílias em situação de risco, por toda a cidade, com 94 delas já inseridas no Auxílio-Aluguel. Também foram distribuídas 366 cestas básicas, 460 colchões e lençóis, além de 225 kits de higiene.
Chuvas causam estragos em Manaus
A tempestade também provocou alagamentos em várias regiões. Na avenida Torquato Tapajós, que conecta as zonas Norte e Centro-Sul, o trânsito ficou caótico devido ao acúmulo de água.
Já na avenida Constantino Nery, veículos ficaram submersos no trecho próximo à Arena da Amazônia.
A Prefeitura reforça que segue monitorando as áreas afetadas e faz com que a população fique atenta às atualizações adversas.
Moradores protestam contra alagamentos
Na noite de quinta-feira, moradores do bairro União da Vitória, na zona Oeste de Manaus, bloquearam a avenida Torquato Tapajós em protesto contra os constantes alagamentos na região. O ato começou por volta das 18h e paralisou um dos principais corredores viários da capital.
Com cartazes e palavras de ordem, os manifestantes pediram socorro e exigiram soluções imediatas para os transtornos causados pelas chuvas. Nos últimos dias, as precipitações intensas agravaram os alagamentos no bairro, deixando ruas intransitáveis e moradores prejudicados.

Manifestação de moradores do bairro União da Vitória, na última quinta-feira, na avenida Torquato Tapajós (Foto: Reprodução / redes sociais)
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