David Almeida foi eleito majoritariamente por evangélicos. Foto: Divulgação
MANAUS, AM – Uma postagem do prefeito David Almeida, dentro da igreja, ao lado do vereador Wallace Oliveira (Pros), evidenciou nesta terça-feira (25), a tênue fronteira entre política e religião. Não à toa, que a Lei Eleitoral proíbe, inclusive, a realização de reuniões dentro de tais espaços em períodos eleitorais. A imagem na Igreja de Deus Pentecostal do Brasil (IDPB), mais a legenda, não deixa dúvidas.
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“Estar na casa do Senhor é sempre uma benção, e, hoje, estive em reunião na Igreja IDPB acompanhado do vereador @wallaceoliveiravereador e do Secretário Extraordinário Janjão, para apresentar o trabalho da Prefeitura de Manaus e agradecer pelo apoio que estamos recebendo”, escreveu Almeida no Facebook.
No texto da postagem, David disse que, na ocasião, apresentava aos participantes da reunião o trabalho da Prefeitura de Manaus, trabalhos estes que podem ser acompanhados nos canais de divulgação do órgão ou mesmo nas redes sociais do próprio prefeito. Além do vereador Wallace, o secretário municipal Extraordinário (Semex), Janjão também esteve com o prefeito na reunião.
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Ainda no post, o prefeito faz uma prece para que os trabalhos continuem fluindo. “Em oração, pedimos a Deus que continue nos guiando em todos os trabalhos que estamos realizando na cidade de Manaus, além de força, para que possamos seguir enfrentando, incansavelmente, todos os obstáculos que encontramos pelo caminho. A Ele toda honra e toda Glória pela sua misericórdia”, finaliza.3
Para o sociólogo e analista político, Carlos Santiago, é natural a prestação do trabalho ao cidadão, mas o que não deve é haver privilégio para alguns grupos religiosos em detrimento a outros grupos sociais. “O prefeito de Manaus precisa entender que ele é prefeito de todos os manauaras, independentemente do morador da cidade ser ou não religioso. Por isso, ele deve sempre prestar contas do trabalho da prefeitura envolvendo todos os grupos sociais da cidade. O que não deve, não deve mesmo, é privilegiar um grupo religioso, deixando de lado os outros grupos sociais de Manaus. Ademais, não é republicano misturar religião com política ou religião com interesses de Estado”, comentou Santiago.
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