A Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor), criada há um mês pelo Governo do Amazonas, deflagrou sua primeira operação nesta terça-feira (3), com o objetivo de desarticular a chamada “Máfia dos caixões” na Prefeitura de Manaus. O suposto esquema consistia no pagamento de propina na compra de caixões pelo programa municipal SOS Funeral.
O delegado Guilherme Torres, titular da Deccor, é quem conduz a operação que está cumprindo mandados de busca e apreensão em residências de empresários e servidores públicos na capital.
Suspeita de participação de vereadores
O esquema de cobrança de propina no SOS Funeral teria surgido na gestão do vereador Elias Emanuel (PSDB), quando ele era secretário Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), desde 2017. Quando Elias deixou a secretaria, o vereador Dante Souza (PSDB) era quem realizava a cobrança da propina.
Atualmente, a pasta é comandada por Suzy Anne Zózimo que assumiu no lugar de Conceição Sampaio (PSDB), que saiu da titularidade da Semasc para disputar a eleição municipal na chapa de Alfredo Nascimento (PL).
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A “Máfia dos caixões” foi revelada por um dos fornecedores dos caixões para o programa SOS Funeral, no qual afirmava, em áudios, que a cobrança de propina aumentou após a saída de Elias Emanuel do cargo.
A suspeita é que o esquema tenha causado o colapso no setor funerário de Manaus em meio ao pico da pandemia do novo coronavírus.
Os vereadores Elias Emanuel e Dante Souza negaram qualquer irregularidade ou cobrança de propina enquanto estiveram na gestão da Semasc.
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