Manaus, 7 de maio de 2024
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Cenário

Deputada indígena confronta Marina na CPI das ONGs

A ministra Marina Silva foi convocada após faltar duas vezes ao convite feito pela CPI das ONGs, presidida pelo senador do Amazonas Plínio Valério (PSDB).

Deputada indígena confronta Marina na CPI das ONGs

(Foto: Agência Senado)

Brasília (DF) – A deputada federal Silvia Waiâpi (PL-AP) afirmou durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs no Senado que os povos indígenas foram obrigados a fazer parte da sociedade em nome da ancestralidade e das comunidades internacionais.

Silvia Waiâpi afirmou, ainda, que um povo que não preserva a sua ancestralidade, nem guarda a memória de seus mortos, não sabe de onde veio e nem sabe para onde vai. Porém, em seguida, a deputada se contradisse sobre a própria fala.

“Nós somos obrigados a respeitar nossa ancestralidade, sabe por quê? Porque nos foi negado o direito de ser igual a outra sociedade. Nos foi negado e nos é negado todos os dias”, afirmou.

Logo após, a deputada atacou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao afirmar que ela virou as costas aos indígenas, “nos abandonou em nome de uma agenda política”, afirmou.

A deputada continuou lembrando que Marina estaria na Arábia Saudita para a COP-28 e afirmou que a ministra deveria contar a verdade sobre a segregação em que vivem os indígenas na Amazônia.

“Avise à Europa, ministra, a todos os países no mundo, que eu faço cocô na água, porque eu não tenho saneamento, sabe? Por que eu não tenho saneamento? Porque nos foi imputado de que nós temos que manter a nossa cultura. Enquanto a senhora vai no banheiro fazer suas necessidades”, disse.

Veja:

Marina Silva

Convocada após faltar duas vezes ao convite feito pela CPI das ONGs, presidida pelo senador do Amazonas, Plínio Valério (PSDB), Marina disse em depoimento que acredita na lisura e na legitimidade das organizações não governamentais que recebem dinheiro público para executar projetos socioambientais na Amazônia.

“É só pegar o acórdão feito pelo Tribunal de Contas quando instado a investigar o fundo, os projetos do fundo, e deu seu veredito. E deu dizendo que há lisura, o uso correto e, ainda mais, que essas organizações, com os seus projetos demonstrativos, porque não tem como ser diferente, porque R$ 3 bilhões não resolve o problema social, o problema econômico, o problema do saneamento básico do Brasil. Então os recursos do Fundo Amazônia são usados de forma transparente e podem ser auditados não só pelo acompanhamento do banco [BNDES]”, disse Marina.

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