SÃO PAULO, SP – O deputado do estado de São Paulo, Frederico D’Ávila que xingou o Papa Francisco e o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, na Assembleia Legislativa de São Paulo (SP), poderá ficar suspenso das atividades parlamentares por três meses. Isso porque a relatora do processo aberto contra ele na Casa Legislativa, a deputada Marina Helou (Rede) apresentou o parecer da Conselho de Ética para que D’Ávila fique suspenso e perca o direito de receber seu salário nesse período.
As ofensas contra as autoridades da Igreja Católica foram feitas por Frederico D’Ávila em outubro, após o parlamentar, que é bolsonarista, dizer em seu discurso que o Papa Francisco era um “vagabundo” e o arcebispo ‘safado’. O pronunciamento foi feito logo após o feriado de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro, quando o arcebispo de Aparecida criticou a política armamentista do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL).
Na condução do parecer, Marina Helou entendeu que o deputado do PSL quebrou o decoro parlamentar e cometeu ainda, intolerância religiosa com os xingamentos feitos aos líderes religiosos. O parecer foi encaminhado à Comissão de Ética nesta semana e como punição, sugere o afastamento do cargo e de qualquer atuação parlamentar no período, sem receber nenhuma verba pública no período, diz o parecer.
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“A escolha pela suspensão de 3 meses passa pela proporcionalidade da pena com relação à gravidade do ato. É uma questão que diz respeito a imunidade parlamentar, código de ética e intolerância religiosa. Além disso, precisamos levar em consideração a composição política nessa proposta de pena. Há um forte movimento pela absolvição do deputado nesse caso. Durante esse período, ele ficaria sem acesso ao gabinete e sem receber salário”, afirmou Marina.
Discurso inflamado
Após fala do arcebispo, o deputado saiu em defesa do presidente na Alesp: “Seu safado da CNBB dando recadinho para o presidente [Bolsonaro], para a população brasileira, que pátria amada não é pátria armada. Pátria amada é a pátria que não se submete a essa gentalha. “Seu vagabundo, safado, que se submete a esse papa vagabundo também”, disse o parlamentar na ocasião.
(*) Com informações G1
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