
Foto: Assessoria de Comunicação / Danilo Mello / Aleam
Manaus (AM) – A promoção do policial militar Erivelton de Oliveira Hermes, condenado a 28 anos de prisão pela morte do adolescente Hering Silva Oliveira, de 16 anos, além de causar revolta entre os familiares, gerou críticas por parte dos deputados estaduais Dan Câmara (Podemos) e Alessandra Campêlo (Podemos), que classificaram a medida como ilegal e orientaram a família da vítima a recorrer à Corregedoria-Geral da SSP-AM.
Mesmo condenado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), o PM cumpre pena em liberdade e foi promovido dentro da estrutura da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM). A situação causou indignação entre parlamentares e familiares do jovem morto a tiros pelo policial.
O deputado Comandante Dan Câmara, que já atuou na área de segurança pública, afirmou que apesar de não ter conhecimento a fundo do caso, declarou que a promoção viola princípios legais e administrativos.
“Essa é uma questão administrativa ilegal. Eu, sinceramente, não tenho conhecimento a fundo de como esta pessoa foi promovida ao longo desse processo. Os nossos regulamentos são bem rígidos nesse sentido, então cabe a esse familiar recorrer ou checar com Corregedoria da Polícia Militar e não surtindo efeito com a polícia, deve-se ir até o Ministério Público e Judiciário”, salientou.
A deputada Alessandra Campelo reforçou a necessidade de contestação da decisão e afirmou que não pode haver privilégios para quem comete crimes.
“Eu acho que ninguém pode estar acima da lei, seja policial, seja parlamentar, seja um trabalhador da construção civil, de onde for, porque se não a gente vai estar dizendo que o crime compensa, e o crime não compensa. A gente tem que fazer justiça pra essas pessoas, principalmente as pessoas que não estão mais aqui. A gente não pode deixar que uma maçã podre que tá no meio da corporação tenha privilégios, porque pra mim isso é privilégio, a pessoa matar alguém e continuar sendo promovido e sustentado pelo Estado, pelo povo, ou seja, até a família desse garoto tá sustentando esse policial”, declarou Campêlo.
Até o momento, a Secretaria de Segurança não se manifestou sobre o caso.
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