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O impasse para novo líder do governo continua na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), isso porque nenhum deputado aceitou assumir o posto. Nos bastidores, vários parlamentares já foram sondados por Wilson Lima (PSC), mas a insegurança da atual gestão tem afastado qualquer interesse em representar o governo no Legislativo.
A deputada Joana D’Arc, vice-líder do governo, afirmou que Wilson está dialogando com a base e demais deputados para chegar ao novo representante. “Eu e o Cabo Maciel, enquanto vice-líderes, não aceitaremos ser liderados por qualquer pessoa. Por isso, é importante que a decisão seja tomada sem pressão e da melhor forma possível. Ser líder do governo é um dos maiores prestígios e responsabilidade na casa legislativa”, disse.
O deputado Carlinhos Bessa foi destituído do cargo pelo governador Wilson Lima. (Divulgação)
Mesmo sendo um grande prestígio, diversos deputados já recusaram a convocação do governador, fato que demonstra a insegurança dos parlamentares em relação à atual gestão. Cotada como um dos nomes para assumir o posto, Joana D’Arc já declarou que não pretende aceitar por já ter outras responsabilidades.
“Ser líder não é fácil, você tem que conciliar seu mandato e uma liderança do governo. Existem vários motivos para não aceitar, por exemplo: eu sou presidente da CPI dos Combustíveis e isso vai tomar metade do tempo do meu mandato para dar uma resposta satisfatória a sociedade. Se eu der uma negativa ao governo, não significa que não acredito, mas que eu não possa ter tempo”, enfatizou
A deputada ainda comentou sobre o outro vice-líder do governo, Cabo Maciel, que também não deve assumir o cargo por falta de tempo para “se dedicar 100% à liderança do governo”.
Em contrapartida, o deputado Wilker Barreto, declarou que a má gestão do governo está influenciando no receio dos deputados em assumir a responsabilidade. “Já estamos virando duas semanas sem um líder, a segunda figura mais importante na casa legislativa. Quem quer ser líder de um governo que despenca na opinião pública?” declarou.
Já para o deputado Dermilson Chagas, a semana deve fechar sem um líder na casa legislativa, isso porque há uma incerteza sobre o posicionamento do governador e o que deve ser defendido da atual gestão. “O Governo Federal tirou os incentivos da Sudam e Sudene, e o Estado ficou calado, ainda foi rechaçado após uma audiência com Paulo Guedes. É o único governo que ainda não se reuniu com o presidente da República, não apresenta projetos, é um governo que não diz para o que veio até agora”, afirmou.
Vetos governamentais
Vinte e seis projetos que foram vetados pelo governo seriam analisados em sessão extraordinária, na quarta-feira, 3, mas foram transferidos para a próxima semana.
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