Manaus, 2 de maio de 2024
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Manaus, 2 de maio de 2024

Cidades

Detentas são transferidas para que facção criminosa seja isolada

Cerca de 100 internas do Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF) de Manaus foram transferidas de suas celas

Detentas são transferidas para que facção criminosa seja isolada

(Hirailton Gomes - ASSCOM MPAM)

Na quinta-feira passada, 2, cerca de 100 internas do Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF) foram transferidas de suas celas e alojadas junto com mulheres condenadas pela justiça, segundo informou o Ministério Público do Amazonas (MP/AM). A medida teria sido tomada para que detentos pertencentes a uma facção criminosa fossem alojados no local das presas provisórias, o que piorou o problema da superlotação também na unidade feminina.

Com a mudança, a cúpula da segurança do Estado se reuniu, na tarde dessa terça-feira, 7, com membros do Ministério Público do Amazonas (MPAM) para tratar da situação das reeducandas do sistema penitenciário feminino.

(Hirailton Gomes – ASSCOM MPAM)

Na reunião, estavam presentes o Secretário de Segurança, Louismar Bonates, o titular da Secretaria de Administração Prisional (SEAP), Marcus Almeida, e o Comandante Geral da PM, Coronel Airton Norte. Pelo MPAM, estavam a Procuradora-Geral de Justiça, Leda Mara Albuquerque, e as Promotoras de Justiça que atuam na área de execuções penais, Cristiane Correa e Yara Marinho.

A Promotora de Justiça Cristiane Correa disse que a estrutura que abriga as presas do sistema provisório não tem condições de ser desenvolvido um trabalho reeducacional adequado. “De onde elas vieram, já não tinha muitas condições. Agora, precisamos restabelecer esse trabalho porque esse problema reflete, inclusive, nas famílias”, avalia a promotora.

(Hirailton Gomes – ASSCOM MPAM)

Os representantes do Governo do Estado afirmaram o compromisso em resolver o problema apontado pelas promotoras.

“Algumas ações internas administrativas serão tomadas para que a gente possa atender à sociedade de maneira mais eficiente”, disse o secretário da SEAP, Marcus Almeida.

“Infelizmente não deram prazo, mas perceberam, após nossas explicações, que a medida tomada provocou inúmeros outros problemas e prometeram traçar estratégias para reverter a situação”, disse a Promotora de Justiça Yara Marinho.