Direita é vista como fraca pelos amazonenses, mas com potencial de crescimento

Manaus (AM) – Com as eleições presidenciais de 2026 se aproximando, o Portal AM1 foi às ruas para ouvir a opinião da população amazonense sobre a presença e o impacto da direita no estado. Entre os entrevistados, as opiniões se dividem, alguns acreditam que a direita está forte, enquanto outros dizem estar fraca e que precisa melhorar e rever conceitos para com a sociedade.

Fraca e sem movimento

“Eu acho que aqui é fraca, porque eu ainda não vi muito movimento da direita, participação pra questionar o governo. Os únicos que eu conheço da direita são o capitão Alberto Neto e a Maria do Carmo, mas a movimentação deles só na época da eleição do ano passado. É preciso deixar claro o que a direita questiona sobre os mandatários atuais”, declarou Mário Jorge da Cruz, servidor público.

Forte por estar atrelada à religião

Mirella de Souza, professora de inglês, se considera de esquerda, mas apesar disso, enxerga a direita como um posicionamento de política forte no Amazonas. “Eu considero a direita forte, infelizmente, por estar muito atrelada à religião, e na minha opinião, religião está ligada à direita”, afirmou.

Direita e Esquerda: ambas precisam melhorar

Washington Lima é servidor público do Estado, e preferiu não mostrar seu rosto, mas emitiu sua opinião sobre a direita e esquerda. Para ele, ambas, quando estão no “poder”, podem melhorar.

“A meu ver, a direita e a esquerda precisam melhorar, principalmente quando estão no poder. E falando especificamente sobre a direita, eu não acho que seja forte aqui, a religião já não está mais tão ligada com a política”, relatou.

Esquerda se destaca

“Eu me considero de direita e fico triste que a gente esteja perdendo alguns valores, na minha opinião, a esquerda está se sobressaindo”, afirmou a autônoma Isis Santiago.

Precisa melhorar

“Na minha visão, a direita precisa melhorar, porque eles não têm uma ligação forte com a população; é tudo voltado mais para o lado empresarial. É mais voltado para o capitalismo”, falou em entrevista Edy Júnior Gama.

Análise política: Amazonas tem grupos adesistas

O Portal AM1 também consultou o cientista político Carlos Santiago, que classificou os grupos políticos amazonenses como “adesistas” e que estão muito mais atrelados ao oportunismo do que mesmo à política.

“O que temos no Amazonas, de fato, são grupos políticos adesistas. A ideologia é aceita à medida em que há uma comoção social, uma legitimidade política eleitoral, mas não algo construído com uma militância, com algo orgânico, ideias próprias, não. Historicamente, no Amazonas, os grupos políticos sempre foram adesistas, assim como foram com a Dilma Rousseff, ao presidente Lula no passado, ao Fernando Collor de Mello, quando apostaram na figura do Tancredo Neves, no período de redemocratização. Então, esses adesismos têm muito mais de oportunismo do que adesão política”, salientou Carlos Santiago.

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