Omar al-Bashir, 75, ditador do Sudão que estava no poder desde 1989, foi deposto e preso nesta quinta-feira (11) em um golpe das forças armadas do país. A deposição se deu após uma série de protestos que acontecem no país desde o fim do ano passado.
Em um discurso na rede estatal de televisão, o ministro da Defesa do Sudão, Awad Mohamed Ahmed Ibn Auf disse que Bashir estava detido em um local seguro e que o país será governado por uma junta militar durante os próximos dois anos, ao final dos quais haverá uma eleição para escolher o próximo presidente. Ele não disse quem seria o chefe do governo provisório.
Auf também anunciou estado de emergência, um cessar-fogo nacional e a suspensão da constituição.
O principal grupo responsável pelos protestos, a Associação Profissional Sudanesa (SPA, na sigla em inglês), publicou uma nota rejeitando o governo da junta militar e exigindo que a autoridade de transição seja composta por civis e outras pessoas sem envolvimento no regime. “Depois de nossa luta e perseverança por mais de quatro meses, cheia de sangue, suor e lágrimas, insistimos para que as massas se mobilizem”, diz o documento.
Segundo informações da Reuters, milhares de pessoas já tomaram as ruas da capital Cartum para protestar contra o anúncio do exército.
O Sudão, que fica localizado ao sul do Egito e tem o árabe como língua, vive desde dezembro passado uma onda de protestos que pedia a derrubada de Basihir. As manifestações começaram no nordeste do país quando estudantes saíram às ruas contra o aumento do preço do pão, provocado pelo fim do subsídio a esse alimento. Há uma crise econômica no Sudão, com escassez de combustíveis e dinheiro.
(*) Com informações da Folhapress
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