Manaus, 3 de maio de 2024
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Manaus, 3 de maio de 2024

Entretenimento

Diva amazonense Maria Celestina celebra 70 anos de carreira e The Voice +

Em entrevista exclusiva ao Portal Amazonas1, a artista compartilhou sua história de carreira e a emoção de pisar no palco do programa musical exibido na Globo

Diva amazonense Maria Celestina celebra 70 anos de carreira e The Voice +

Foto: TV Globo

Manaus- Dona de uma simpatia única e uma voz marcante, a cantora amazonense Maria Celestina, de 79 anos, encantou o país com sua participação no The Voice +, edição especial para artistas acima de 60 anos. Em entrevista exclusiva ao Portal Amazonas1, a artista compartilhou a história de carreira e a emoção de pisar no palco do programa musical exibido na Globo.

Apaixonada por samba, dona Celestina nasceu no bairro da Praça 14 de Janeiro, na zona Sul de Manaus, conhecido justamente por ser o berço do gênero musical na capital do Amazonas. Ela  conta que a família era formada por músicos e que começou a cantar desde cedo.

“Minha mãe cantava e meu pai tocava cavaco, não tinha como seguir um caminho diferente que não fosse a música. Eu lembro que aos cincos comecei a cantar e ao s 13 já estava na rádio, participando de um programa em Belém, no Pará. Por lá, passaram artistas como a miss Brasil de 1954, Martha Rocha”, relembrou.

Com quase 80 anos de idade, dona Celestina coleciona seis CDs lançados em mais de sete décadas de carreira. Desses, cinco são de composições próprias e apenas um de regravações de outros compositores. Segundo ela, as autorais ‘Romance na praia’, ‘Só você me entende’ e ‘Nem passado e nem futuro’ são algumas das canções que não podem faltar n0 repertório.

“Eu amo samba, mas canto um pouco de tudo, desde o bolero, MPB; música regional, carnaval, carimbó e por aí vai. Participo de vários festivais tradicionais como o Fecani e também toco na noite. Há 20 anos faço show no bar do Caldeira, sou rainha lá e ainda ostento o título de miss terceira idade.”, comenta.

Foto: Reprodução/Internet

The Voice +

Com uma bagagem repleta de vivência musical, a artista amazonense conta que faltava a experiência de cantar em um programa com o peso do The Voice +. Ela revela que foi inscrita no reality musical por um casal de amigos, sem saber de nada, e que tudo foi uma surpresa.

“Eu tinha essa vontade de participar do The Voice e quero agradecer à Rita Queiroz e ao Claudio Heitor, que me inscreveram nele. Só descobri porque a equipe do programa me ligou pra [sic] avisar da inscrição. Depois confirmei minha presença, mas só acreditei quando chegou lá. Foi surreal!”.

A trajetória de dona Celestina no programa global começou no dia 24 de janeiro, quando ela cantou “Cordas de Aço”, de Cartola, e recebeu elogio dos jurados. Na ocasião, os cantores Mumuzinho e Claudia Leite viraram a cadeira para a amazonense. Ela escolheu o time de Mumuzinho.

Em seguida, ela cantou “Molambo”, de Jayme Florence e Augusto Mesquita, que garantiu sua ida para a próxima fase. Mas, no último domingo (20), apesar de dona Celeste emocionar os técnicos com o samba “A Voz do Morro”, de Zé Keti, ela não seguiu para a semifinal do programa.

“A produção do programa e o Mumuzinho foram maravilhosos comigo, me senti uma rainha. Alguém ficar e outra sair é regra, então, fiquei feliz porque faltava essa experiência nos meus 70 anos de carreira. Sinto-me muito grata por chegar à terceira fase”, comemorou a artista.

Foto: TV Globo

Planos futuros

Dona Celeste conta que, em breve, deve lançar um documentário sobre sua carreira produzido há quatro anos por Rita Queiroz e Claudio Heitor. Intitulada “Minha vida, minha história”, a obra já está pronta, mas teve o lançamento adiado por conta da pandemia.

Ela adianta que também planeja produzir um livro e fala um dos seus maiores desejos em solo amazonense. “Sonho em gravar meu primeiro DVD no Teatro Amazonas, mas estou esperando  patrocínio para isso”, revela.

Por enquanto, a cantora diz que sua agenda de entrevistas, até para outros estados brasileiros, pós-programa, segue lotada e que pretende aproveitar todas as oportunidades que vierem a surgir.