Brasil – A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que inclui as contas do governo federal, INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)e das administrações estaduais e municipais, alcançou o valor recorde de R$ 9 trilhões em outubro de 2024, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (29). Esse é o maior valor registrado desde que o levantamento começou a ser feito, em 2006.
O aumento significativo da dívida reflete principalmente o crescimento de R$ 1,8 trilhão durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em 2024, o valor da dívida subiu para R$ 952,6 bilhões.
Conforme o Banco Central, a elevação da dívida bruta em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) foi de 0,4 pontos percentuais em outubro, impulsionada por fatores como o aumento dos juros nominais, a desvalorização do câmbio e o resgate líquido de dívidas.
Dessa maneira, no acumulado do ano, a dívida cresceu 4,2 pontos percentuais do PIB, com destaque para o impacto dos juros nominais, a emissão líquida de dívida e a desvalorização cambial acumulada. O crescimento do PIB nominal, no entanto, teve um efeito negativo de 4,1 pontos percentuais.
DBGG
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) abrange o total dos débitos de responsabilidade do Governo Federal, dos governos estaduais e dos governos municipais, junto ao setor privado, ao setor público financeiro e ao resto do mundo.
São incluídas também as operações compromissadas realizadas pelo Banco Central com títulos públicos. Essas operações são incluídas porque apresentam estreita relação com a dívida do Tesouro Nacional, e sua inclusão na DBGG permite melhor acompanhar a situação fiscal do governo.
Segundo o BC, os débitos de responsabilidade das empresas estatais das três esferas de governo não são abrangidos pelo conceito.
As dívidas são consideradas pelos valores brutos, sendo as obrigações vinculadas à área externa convertidas para reais pela taxa de câmbio de final de período (compra).
São deduzidos da dívida bruta do Governo Federal os créditos representados por títulos públicos que se encontram em poder de seus órgãos da administração direta e indireta, de fundos públicos federais, dos estados e dos municípios, a saber: aplicações da previdência social em títulos públicos, aplicações do FAT e outros fundos em títulos públicos e aplicações dos estados em títulos públicos federais.
Analogamente, são deduzidas da dívida dos governos estaduais e dos municipais as parcelas correspondentes aos títulos em tesouraria.
Com informações do BC
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