Manaus, 28 de abril de 2024
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Manaus, 28 de abril de 2024

Política

Doria e Leite cantam vitória nas prévias do PSDB

Nas campanhas dos governadores é sustentado o discurso de que ambos estariam liderando os votos internos da sigla

Doria e Leite cantam vitória nas prévias do PSDB

BRASIL – Na disputa pelas prévias do PSDB, o governador de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite protagonizam divergências nas intenções de votos internas no partido.

“Temos ampla maioria dos votos”, disse o presidente do PSDB-SP, Marco Vinholi, à CNN, sobre a candidatura de Doria.

De acordo com Vinholi, a estratégia de cadastrar o maior número possível de filiados no estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do partido, terá como resultado uma margem folgada de vitória para o governador paulista no domingo.

“Temos um voto orgânico no estado e são poucos os estados em que perdemos. É muito improvável que Eduardo Leite consiga reverter isso”.

No entorno de Doria, há até mesmo um clima de já ganhou em parte da equipe, o que acende o alerta nos mais cautelosos.

Os números oficiais com que a campanha do governador paulista trabalha, contudo, apontam uma vitória com cerca de 65% dos votos. Eduardo Leite teria cerca de 30% e o restante dos votos ficaria com o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio.

Leia mais: Doria e Virgílio emitem nota contra pedido de Leite para adiar prévias do PSDB

Para os paulistas, em todos os grupos eleitorais, Doria deverá ganhar. Isso porque o formato das prévias é singular. O colégio eleitoral foi dividido em quatro, cada um com um peso de 25%.

O primeiro grupo é o de filiados, que podem votar por meio de um aplicativo próprio da sigla.

O segundo, é o de prefeitos e vice-prefeitos, que podem votar tanto pela ferramenta em questão como por uma urna eletrônica que estará instalada em Brasília, em um centro de convenções alugado pela legenda.

O terceiro grupo é formado por vereadores e deputados estaduais. Os vereadores podem votar apenas pelo aplicativo, já os deputados têm também a opção da urna.

Por fim, há também 52 políticos que podem votar pelos dois formatos disponíveis. Alguns deles são os próprios governadores do partido, além de senadores e ex-presidentes.

O grupo de Doria avalia que só perde no quarto grupo, formado por ex-presidentes do partido, que integram a mesma ala que governadores, senadores e deputados federais. A confiança é tamanha que até mesmo na bancada federal, tradicionalmente avessa a Doria, a contagem de votos aponta haver mais da metade dos votos para o paulista.

Daqui até domingo, há um reforço na campanha, em especial naquilo que no palácio dos Bandeirantes tem sido chamado de Grande Ação: uma distribuição de aliados tucanos por estados brasileiros que têm a relação de votantes e trabalha para confirmar os votos a Doria no domingo.

A leitura é de que a campanha será vitoriosa porque Doria conseguiu percorrer 21 estados, apresentar-se pessoalmente e causar impressão distinta da que ele apresenta na TV.

Na campanha de Eduardo Leite, porém, a percepção é oposta. “Nosso levantamento aponta para uma vitória com pouco mais de 50% dos votos no domingo. A campanha de Doria tem feito as contas tendo por base parte um quarto do colégio eleitoral que votará, aquele referente aos filiados.

Nesse grupo, eles terão mais votos, mas nos outros três grupos, nós ganhamos”, disse o coordenador do programa de governo de Leite, Aod Cunha à CNN.

Na última quinta-feira (19), Leite e sua equipe celebraram um boletim da consultoria Eurasia Group dizendo que Leite tem uma leve vantagem sobre Doria.

“O governador do Rio Grande do Sul tem uma ligeira vantagem por ter o apoio da maior parte das lideranças do partido e deve ser beneficiado de algumas dissidências de São Paulo, reduto eleitoral de João Doria. Mas Doria tem diminuído a vantagem nos últimos dias e a disputa se assemelha a um cara ou coroa”, diz o documento obtido pela CNN.

O gaúcho aposta nesses últimos dias em difundir a leitura de que Doria não unirá o partido e afastará aliados em potencial.

Também nesta quinta-feira, Leite conseguiu que o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin vocalizasse a seus interlocutores que se ele vencer, fica no partido e tentará disputar as prévias para governo paulista contra o vice-governador Rodrigo Garcia, recém-filiado à legenda e o preferido de Doria.

A simbologia do gesto de Alckmin reforça uma estratégia do gaúcho nesta reta final: a de que ele é um tucano histórico, alinhado aos ideais da social-democracia que fundaram o partido.

*Com informações do site CNN

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