Manaus, 26 de abril de 2024
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Economia

Em meio à pandemia, número de empregados do PIM cai para 85,4 mil

Redução corresponde a 3,80%, menos do que o número de trabalhadores com carteira assinada em 2019

Em meio à pandemia, número de empregados do PIM cai para 85,4 mil

Foto: Márcio Silva - Portal Amazonas1

De janeiro a maio deste ano, o Polo Industrial de Manaus (PIM) registrou queda no índice de emprego. Ao todo, a mão de obra chegou a marca de 85.451 trabalhadores, entre efetivos, temporários e terceirizados, uma queda de 3,80% em relação a maio de 2019, quando tinha um total de 88.834. Antes da pandemia, o setor empregava uma média de 93 mil pessoas.

Os números são dos Indicadores de Desempenho do PIM divulgados na segunda-feira (17), pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

Segundo dados atualizados até maio, no acumulado do ano as empresas do PIM admitiram 8.471 pessoas contra 10.777 demissões, resultando na perda de 2.306 postos de trabalho. Em 2019, a perda de empregos chegou a mais de três mil vagas e 2015 bateu a casa dos dois dígitos (-25 mil vagas).

Nos cinco primeiros meses de 2020, a média de pessoas empregadas na indústria totalizou 90.727 trabalhadores, enquanto no ano anterior o índice chegou a 94.739. Houve uma diferença de 4,4 mil vagas no confronto entre os períodos. Em 2014, essa média mensal foi de mais de 105 mil contratados.

O levantamento também aponta que nos meses de abril e maio, apenas 20% das empresas continuaram normalmente a produção. Cerca de 30% das empresas paralisaram totalmente suas atividades no período de abril e maio e as demais reduziram a produção em algum nível.

Faturamento 

De acordo com os indicadores da Suframa, no período de janeiro a maio, o PIM registrou faturamento de R$ 36,96 bilhões, número que representa um crescimento de 11,66% em relação a igual período de 2019 (R$ 41,81 bilhões).

Em dólar, o faturamento foi de US$ 7.65 bilhões no período, contra US$ 10.88 bilhões de janeiro a maio de 2019.

Do total faturado nas empresas do pátio industrial, os segmentos de produtos alimentícios, faturaram R$ 263,85 milhões e cresceu de 70,45%; mecânico, faturou R$ 2,09 bilhões e cresceu 18,61%; naval, faturou R$ 87,66 milhões e cresceu 10,53%; brinquedos, faturou R$ 61,89 milhões e cresceu 9,55%; e termoplástico, faturou R$ 2,80 bilhões e cresceu 4,71%.

Em relação aos produtos, o maior incremento registrado vem dos aparelhos condicionadores de ar, tanto tipo split system (1.596.940 unidades e crescimento de 34,67%), quanto tipo janela (156.131 unidades e crescimento de 66,35%); tablets (250.940 unidades e crescimento de 44,35%); e microcomputadores portáteis (202.242 unidades e crescimento de 8,23%).

Avaliação

Por meio de assessoria de imprensa, o superintendente da Suframa, Algacir Polsin, declarou que os números do PIM foram fortemente impactados pela pandemia da covid-19, sobretudo, nos meses de abril e maio, quando a capital amazonense registrou altos índices de notificações e de mortes pela doença.

“Mesmo diante do cenário desfavorável, a média de empregos continuou no patamar de 90 mil, demonstrando o compromisso das empresas aliado à eficácia do pacote de medidas tomado pelo governo federal para reduzir impactos do coronavírus na economia. Além disso, alguns setores conseguiram aproveitar a janela de oportunidade da pandemia e aumentar o faturamento e a produção”, observou.

O titular da Autarquia ressaltou, ainda, que “dados industriais mais recentes já demonstram que a indústria do parque fabril manauara apresenta dados favoráveis após o auge da pandemia, recuperação que deve ser perceptível com informações compiladas a partir do inicio do segundo semestre deste ano”.