O Governo do Amazonas perdeu quase R$ 87 milhões em receita, em julho deste ano, se comparado ao mesmo período do ano passado. A arrecadação total foi de R$ 1,39 bilhão, em 2017, contra R$ 1,31 bilhão, neste ano, uma queda de 6,2%. Os dados são do portal da Transparência.
O valor é suficiente, por exemplo, para manter, durante sete meses, sete importantes unidades de saúde da capital: Hospital Geral Dr. Geraldo Rocha, Hospital de Isolamento Chapot Prevost, Hospital Infantil Dr. Fajardo, Hospital e Pronto Socorro da Criança da Zona Leste (Joãozinho), Hospital e Pronto Socorro da Criança da Zona Oeste, Instituto de Saúde da Criança (Icam) e um dos maiores prontos-socorros da região, o Dr. João Lúcio. Juntos, eles registraram pagamentos da ordem de R$ 48,5 milhões, de janeiro até agora. Ainda sobrariam quase R$ 38,5 milhões.
De janeiro a julho, R$ 10,19 bilhões foram arrecadados pelo Executivo, cerca de 99,4% do total da receita registrada no Estado, quando inclusos os poderes Legislativo e Judicíário, além do Ministério Público do Estado (MP-AM) na somatória. A previsão inicial do Governo, que é estimada de um ano para o outro, é de que R4 15,24 bilhões componham a receita final do poder Executivo, em 2018.
Uma parte significativa da receita corrente do Executivo foi composta, no último mês, por tributos, que somaram R$ 798,71 milhões, conforme dados da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz Centralizadora), disponíveis no portal da Transparência. Até julho, foram mais de R$ 5,76 bilhões arrecadados como receita tributária.
Em comparação ao mês de junho, houve um aumento de 1,4%. Apesar do baixo percentual, o aumento ainda ficou acima da inflação de julho, que chegou a 0,33%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileirod e Geografia e Estatística (IBGE), o qual é considerado a inflação oficial no País. Em junho, a receita do Executivo foi de R$ 1,29 bilhão.
Gastos
Contabilizando os primeiros dias de agosto, o Estado soma R$10,26 bilhões em receita. Apesar disso, os empenhos (valor reservado para gastos planejados do poder público) já chegam a R$10,62 bilhões. Além disso, de acordo com o portal da Transparência, dívidas do exercício anterior que somam R$ 148.230.954, continuam pendentes.
A reportagem do Portal Amazonas1 enviou perguntas para a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), por meio da Assessoria de Comunicação do governo, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria. Foram feitas as seguintes perguntas:
- A quê a Sefaz atribui a redução, que ficou quase seis pontos percentuais acima da inflação do período?
- Há alguma estratégia para recuperar as perdas nos meses seguintes?
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