Manaus, 7 de maio de 2024
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Manaus, 7 de maio de 2024

Economia

Lojistas reclamam do fechamento do comércio e pedem mudança no decreto do governo

Presidentes da Federação da Câmaras de Dirigentes Lojistas do Amazonas (FCDL-AM) e da Associação Comercial do Amazonas (ACA) reclamam que foram 'pegos de surpresa' com decisão de fechar o comércio

Lojistas reclamam do fechamento do comércio e pedem mudança no decreto do governo

Foto: Reprodução

A decisão do Governo do Estado do Amazonas de fechar o comércio não essencial a partir do próximo sábado (26) não foi recebida com passividade pelas associações que representam os lojistas de Manaus – que reclamaram da falta de diálogo. Tanto a Federação da Câmaras de Dirigentes Lojistas do Amazonas (FCDL-AM), quanto a Associação Comercial do Amazonas (ACA), disseram que foram pegos de surpresa e sem aviso prévio.

Na carta aberta, publicada pelo presidente da ACA, Jorge de Souza Lima, os lojistas sugerem que, em vez do fechamento a partir de sábado, que as restrições aos comércios não essenciais passem a valer a partir de 1º de janeiro de 2021.

“Desta forma, evitaremos quebra imediata de contrato dos colaboradores temporários e não haverá interrupção do fluxo financeiro das vendas de final de ano, prejudicando o resgate dos compromissos firmados com os fornecedores para janeiro de 2021”, diz Souza Lima.

Já o presidente da FCDL-AM, Ezra Azury, foi mais duro e afirmou que há insatisfação da classe empresarial ao que chamou de “decreto rígido e restritivo”.

“Justamente, em um momento que buscávamos nos reerguer, veio um golpe que será fatal para muitos lojistas, que terão que fechar suas portas para sempre, gerando mais desemprego”, disse ao Portal AM1.

Leia mais: Governo do AM publica decreto com novas medidas para o enfrentamento à covid-19

Azury questiona as “outras situações irresponsáveis” que podem ter contribuído para o aumento dos casos de covid-19 no Amazonas e a restrição imposta aos lojistas.

“Todos nós sabemos que as aglomerações durante o período das eleições, e ainda as inúmeras festas clandestinas, transportes coletivos lotados e outras situações irresponsáveis, contribuíram para o aumento dos casos de covid no estado e a classe empresarial, mais uma vez, paga essa conta”, afirmou.

Novas restrições

O Governo do Amazonas publicou o decreto nº 43.234 dispondo sobre as novas medidas para o enfretamento à covid-19 no Estado. Entre as principais medidas previstas no documento, está a suspensão, no período de 26 de dezembro de 2020 a 10 de janeiro de 2021, do funcionamento de todos os estabelecimentos comerciais e serviços não essenciais e destinados à recreação e lazer.

Ficam expressamente proibidas nesse período:

1. A realização de reuniões comemorativas, inclusive de Ano Novo, nos espaços públicos, clubes e condomínios;

2. A realização de eventos de formatura, aniversários e casamentos, independente da quantidade de público;

3. A realização de eventos promovidos pelo Governo do Amazonas, de quaisquer natureza, incluída a programação dos equipamentos culturais públicos;

4. O funcionamento de espaços públicos em geral para visitação, encontros, passeios e eventos, ficando permitida, apenas, a práticas esportivas individuais;

5. A visitação a pacientes internados com Covid-19;

6. O funcionamento de todas as boates, casas de shows, flutuantes, casas de eventos e de recepções, salões de festas, inclusive os privados, parques de diversão, circos e estabelecimentos similares;

7. O funcionamento de bares, exceto os registrados como restaurante, na classificação principal da CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), que poderão funcionar apenas nas modalidades delivery, drive-thru ou coleta;

8. A visitação a presídios e a centro de detenção para menores;

9. O funcionamento de feiras e exposições de artesanato;

10. A venda de produtos por vendedores ambulantes.