Os marqueteiros Rodolfo da Costa Pinto e Victor Ramos de Carvalho, responsáveis pela campanha de Ricardo Nicolau (PSD), foram presos em flagrante durante ação da Polícia Federal, que ocorreu na noite da quarta-feira (11). Outras duas pessoas também foram presas na abordagem. O grupo é suspeito de suposta compra de votos para favorecer Nicolau.
Rodolfo é um dos sócios do Instituto de Pesquisa Estratégias (IPE) que recebeu a quantia de R$ 400 mil para criação e desenvolvimento dos conceitos e estratégias para a campanha de Nicolau. Já a empresária Maria Gordinho, outra presa na ação da PF, recebeu cerca de R$ 25 mil para realizar pesquisa quantitativa. Ela é dona da empresa Centro de Estudos e Pesquisa da Amazônia.
Conforme informações apurada pela reportagem, o quarteto estava em edifício na zona Centro-Sul de Manaus quando foram abordados pelos agentes da PF. No local, foram encontrados relação de nomes, talões de notas com anotações incompletas e material relacionado a campanha de Nicolau.
Além disso, algumas pessoas que participaram de reunião no prédio teriam confirmado à PF o recebimento de um vale no valor de R$ 80. Mesmo confirmando o pagamento como forma de “agradecimento” e incentivo para participar da pesquisa, o grupo negou qualquer prática ilícita. Aos agentes, sustentaram que se tratava de pesquisa quantitativa eleitoral.
“Criminalização”
No entanto, para a Polícia Federal o evento foi “dissimulado” de pesquisa para compra de votos. Pela prática ilegal, o grupo foi preso e conduzido para esclarecimentos. Após pagamentos de fianças, o quarteto foi liberado.
Em nota, a Coligação ‘Pra Voltar a Acreditar’ diz que “repudia a criminalização do trabalho de um instituto de pesquisa” e afirma que “nas pesquisas qualitativas não há indução e muito menos pedido de votos.”
“Qualquer informação diferente disso trata-se de uma notícia mentirosa, uma ‘fake news’ fabricada às vésperas da eleição para tentar influenciar o eleitor contra o candidato que mais cresce nas pesquisas e ameaça o grupo que está há mais de três décadas no poder na prefeitura de Manaus e no governo do Amazonas.”, diz em outro trecho.
A coligação também diz que “foi vítima” e que está atuando junto à Justiça Eleitoral e à Polícia Federal.
‘Nenhuma informação’
Em resposta ao Portal AM1 a assessoria de comunicação da Polícia Federal disse que não tinha “nenhuma informação até o presente momento sobre o ocorrido”.
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