Foto: Reprodução / Facebook
No período das campanhas eleitorais são utilizadas diversas estratégias para conseguir eleger o maior número de candidatos do mesmo partido. Para isso, algumas siglas fazem uso de alguns perfis de candidatos procurados pela legenda com o objetivo de serem “puxadores de voto” ou “escadinha”.
Esses perfis têm por objetivo ajudar a alcançar o numeral superior ao quociente eleitoral estabelecido para cada cargo disponível. A descrição de um puxador de voto é o mais solicitado por algumas siglas, devido a ter um nome conhecido no qual consegue atingir a quantidade de votos necessária mais de uma vez. Por esse motivo, além de conseguir se eleger, a avaliação positiva dele ajuda outros candidatos da mesma sigla a conseguirem vagas na Câmara.
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O cientista político Carlos Santiago destacou que essa tática é antiga no âmbito político. “ Essa estratégia de utilizar um puxador de voto nas eleições no Brasil já é antiga e vem dessa tradição que o brasileiro tem de votar mais em pessoas do que em siglas partidárias. O brasileiro adora personalidades, mas do que adora as ideologias do partido”, sintetizou o analista.
Embora seja uma técnica usada nas formações das chapas partidárias, o método não é classificado como crime eleitoral. “Na verdade, faz parte do jogo da democracia das regras eleitorais. Porém, a legislação eleitoral tem mudado nos últimos anos com o objetivo de eleger um membro do parlamento, precisa ter uma votação mínima, por exemplo, é 10% do quociente eleitoral. Porque muitos políticos foram eleitos para o parlamento no Brasil pela força dos puxadores de votos. Tinham muitos votos que acabavam se elegendo e elegendo outros. Outros, inclusive, com votação inexpressivas”, ressaltou Santiago.
Várias siglas partidárias apostam sempre em nomes que, a maioria das vezes, são políticos de renome, apresentadores de televisão ou até mesmo artistas. Um exemplo de perfil de puxadores de voto são: Tiririca, Romário Faria, Celso Russomanno, Gabriel Monteiro, Alexandre Frota, Luiz Inácio Lula da Silva.
O candidato “escadinha” é o que não consegue se eleger, ainda assim, soma votos para a sigla. Essas candidaturas de apoio servem como escada para eleger mais parlamentares do mesmo partido.
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