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Estados Unidos vai exigir histórico das redes sociais para liberar visto

Aproximadamente 15 milhões de pessoas serão afetadas com a medida, segundo documentos divulgados pelo governo norte-americano.

Estados Unidos vai exigir histórico das redes sociais para liberar visto

A confecção dos passaportes foi suspensa pela primeira vez no dia 19 de novembro por falta de recursos. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O governo dos Estados Unidos vai exigir um histórico de uso das redes sociais dos últimos cinco anos para quem solicitar o visto de entrada ao país. A medida passa a valer daqui a 60 dias, segundo reportagem da CNN.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Segundo o canal, a administração também pedirá o e-mail e telefone dos requerentes. A nova regra vai ajudar as autoridades a prevenir atividades criminosas ou terroristas nos Estados Unidos.

Aproximadamente 15 milhões de pessoas serão afetadas com a medida, segundo documentos divulgados pelo governo norte-americano.

Enquanto as autoridades federais argumentam que a mudança é necessária para a segurança nacional, críticos da proposta afirmam que a regra é invasiva e torna o processo de obtenção do visto mais lento e difícil, de acordo com a CNN.

Com a mudança, os requerentes também serão questionados sobre violações anteriores de imigração e histórico de familiares envolvidos em atos terroristas.

Segundo a CNN, a medida segue a ênfase do governo Donald Trump de “avaliação extrema” dos candidatos a imigrantes para os EUA, e é uma extensão dos esforços do governo anterior para examinar mais de perto as mídias sociais após o ataque terrorista de San Bernardino em 2015 – um dos atiradores havia defendido a jihad, guerra santa muçulmana, em publicações nas redes sociais.

Escândalo com dados pessoais

O Facebook envolveu-se em um escândalo sobre os dados de seus usuários após o jornal The New York Times revelar que a Cambridge Analytica, consultoria que participou da campanha de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, obteve dados de 50 milhões de usuários. A consultoria teria usado informações da rede social para ajudar Trump a vencer a eleição em 2016. A companhia afirma não ter feito nada de ilegal.

Dois dias depois, o fundador da rede social, Mark Zuckerberg, admitiu que a rede social errou e se desculpou. “Temos a responsabilidade de proteger seus dados, se não pudermos, não merecemos servi-los”, escreveu Mark Zuckerberg na primeira reação pública desde que o escândalo veio à tona.

Na mesma semana, usuários relataram que o Facebook armazenava outros dados pessoais salvos nos smartphones, como mensagens de SMS e ligações.

Com o escândalo, a rede social tomou medidas para amenizar a situação – criou atalhos para que o usuário tenha mais controle de suas informações e restringiu o acesso de aplicativos aos dados de usuários da plataforma.

 

 

*Informações retiradas da VEJA