(Fotos: Reprodução/Redes sociais)
Manaus (AM) – O treinador físico Hatus Silveira revelou que Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do boi Garantido, encontrada morta no último dia 28 de maio em Manaus, “usava” uma quantidade menor de ketamina para tentar manter o “controle” dos filhos.
“Pelo que percebi, a Cleu [Cleusimar] tomava uma quantidade menor [ketamina], e induzia os outros a tomar quantidades maiores, para manter o controle. Ela induzia os outros a usarem. Tanto que me injetaram contra a minha vontade. Eles defendiam o uso, estavam muito viciados”, contou.
Hatus foi preparador físico de Djidja. Ele foi mais uma das pessoas ouvidas pela polícia, que investiga o caso envolvendo a família da ex-sinhazinha. Cleusimar e os filhos, Djidja e Ademar Cardoso, eram investigados antes da morte da jovem por criarem uma “seita” que incentivava o uso de ketamina, anestésico utilizado em procedimentos cirúrgicos.
Conforme o treinador, ele conheceu a família em 2020, com um tempo se afastou e somente em janeiro deste ano voltou a ter contato com os membros por meio de Ademar.
No entanto, Hatus percebeu que o grupo fazia uso de ketamina e resolveu se distanciar.
O treinador também narrou que, em uma das visitas à residência dos Cardoso, foi injetado com a substância “de surpresa” por Djidja.
Hatus ainda confirmou que havia coação dos funcionários de um salão de beleza de propriedade da família para usarem a substância.
“Todos ali eram culpados. Mas quem ofertava as drogas era a Cléo”, disse.
Investigação
Um laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML), divulgado na segunda-feira (3), revelou que Djidja faleceu por conta de um edema cerebral, que afetou o funcionamento do coração e da respiração. Há suposição de que o uso excessivo de ketamina tenha levado Djidja ao quadro.
Cleusimar e Ademar estão presos preventivamente desde o dia 30 de maio.
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