Manaus, 4 de maio de 2024
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Manaus, 4 de maio de 2024

Cidades

Exame criminológico aponta bom comportamento de Alexandre Nardoni

Exame criminológico aponta bom comportamento de Alexandre Nardoni

Seis peritos judiciais afirmaram, no exame criminológico do detento Alexandre Alves Nardoni, que ele é um “preso de ótimo comportamento, capaz de criar e manter vínculos afetivos”. Nardoni está preso há 10 anos no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, condenado pelo assassinato da filha Isabela.

Em setembro, a defesa de Nardoni pediu à Justiça paulista que o preso fosse beneficiado com a progressão para o regime semiaberto. Ele foi condenado a 30 anos de reclusão. Contrário à concessão, o Ministério Público pediu que Nardoni se submetesse ao exame criminológico.

Favorável ao desejo de Nardoni, o resultado do laudo foi divulgado na noite deste domingo (4) pelo programa “Fantástico”, da “TV Globo”.

O exame criminológico é realizado por psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais do sistema prisional. Sua função é avaliar se o preso “merece” ou não receber a progressão de regime.

Os peritos avaliaram positivamente o trabalho feito pelo condenado na prisão: a confecção e reforma de cadeiras, de ferro e madeira, utilizadas em escolas estaduais de São Paulo.  

Em seu depoimento, Nardoni afirmou que sente a falta da filha e não consegue entender as razões que levaram à morte dela. “Junto com Isabella morreu parte de mim e me nunca mais sentirei completo”. 

O promotor de Justiça Luiz Marcelo Negrini pediu que o preso passe por um exame considerado ainda mais aprofundado do que o criminológico, o Teste de Rorschach. 

Pedido para o semiaberto

Em setembro, o advogado de Nardoni, Roberto Podval, pediu à progressão de regime para seu cliente à Vara de Execuções Criminais de Taubaté (SP), sob os argumentos de que ele já cumpriu 2/5 da pena, trabalhou 634 dias dentro da penitenciária e não se envolveu com facções criminosas.

Se aprovada a progressão, Nardoni pode ter o direito de trabalhar fora ou fazer cursos durante o dia, voltando à cela à noite. Além disso, o regime semiaberto permite ao preso usufruir das saídas temporárias.

São até cinco saídas prolongadas, em feriados, no decorrer do ano. Em casos de grande repercussão, como o de Nardoni, a Justiça costuma pedir exame criminológico para atestar que não vai trazer riscos à sociedade quando em liberdade.