Foto: Divulgação
A família de Luiz Henrique Silva, 3, luta para trazer o corpo da criança, que foi morta no município de Nova Olinda do Norte, distante 135 quilômetros de Manaus, para a capital amazonense. Robert Nascimento Oliveira Júnior, 21, e a companheira Maria José Bezerra dos Santos, 24, foram presos na manhã de domingo, 19, suspeitos de matar e esconder o corpo da criança nos fundos de uma casa, situada no quilômetro 11 da estrada do Curupira, área rural do município.
Segundo informações do investigador Humberto Teixeira, da 47ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), o corpo do menino foi encontrado em avançado estado de decomposição, na noite de sábado, 18, por volta das 22h, com vários hematomas e marcas de violência. Luiz Henrique era filho apenas de Robert.
“O casal confessou que agrediu a criança e depois enterrou o corpo no quintal da casa onde morava. Eles são viciados em drogas”, informou o investigador da Polícia Civil.
Após tomarem conhecimento, parentes de Maria José e moradores se revoltaram com o crime. A fim de fazerem justiça com as próprias mãos, eles tentaram invadir a unidade policial. O casal foi transferido para a delegacia de Autazes, distante 113 quilômetros de Manaus, e depois foi transferido para a capital.
Revoltados, os familiares que residem em Manaus promoveram uma manifestação na manhã desta segunda-feira, 20, em frente do 11º Distrito Integrado de Polícia (DIP), no bairro Coroado, na zona Leste da capital.
A avó materna, Rosemar Monteiro da Silva, disse que Luiz Henrique foi morar com o pai desde o dia 12 de outubro de 2019. Robert alegou, inclusive, que iria levar o filho para comprar presente no Dia das Crianças.
“O Robert levou a criança sem autorização da mãe para o município de Nova Olinda do Norte. Desde então, ele não deu mais notícias sobre o Luiz Henrique. As mensagens eram apenas visualizadas até que um dia ele [Robert] respondeu que eu [avó] não era nada para o menino. Meu neto era um menino meigo e que gostava muito de desenhar”, disse.
A mãe do menino, Aline Silva, 21, fez um apelo emocionado para realizar o enterro digno. Ela declarou que não tem condições para ir ao município de Nova Olinda do Norte.
“Luiz Henrique era o meu único filho. Eu quero o corpinho dele e fazer um enterro digno. Eles mataram o meu filho a pauladas. Eu não conheço ninguém nessa cidade e clamo por justiça”, declarou a mãe emocionada.
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