Manaus, 6 de maio de 2024
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Manaus, 6 de maio de 2024

Esportes

Fast não consegue levar perigo ao Novorizontino e dá adeus ao sonho da Série C

'Um quase acesso rende ao clube uma certa maturidade neste tipo de competição que poderá render frutos ainda neste ano'; confira a análise de Leanderson Lima

Fast não consegue levar perigo ao Novorizontino e dá adeus ao sonho da Série C

Foto: João Normando/CBF

Existe uma “máxima” no futebol que diz : “final não se joga, final se ganha”. Mas, para fazer uma coisa ou outra, é preciso primeiro comparecer ao jogo, e isso, o Fast Clube não fez na partida decisiva diante do Novorizontino, neste domingo (10) no estádio Jorge de Biasi, na cidade de Novo Horizonte, interior paulista.

Não se trata de um W.O, até porque o time amazonense esteve fisicamente presente ao confronto. O que faltou foi o espírito guerreiro que acompanhou o time nas partidas eliminatórias do Campeonato Brasileiro da Série D. Com o resultado de 3 a 0, no jogo de volta (4 a 0) no placar agregado, o Tricolor de Aço deu ao adeus ao sonho do acesso para a Série C de 2021.

Não teve um “quaaaase”. Não deu pra ficar com o famoso “grito preso na garganta”. O que os espectadores viram foi o samba de uma nota só. Um time, o Novorizontino, jogando uma espécie de treino de luxo, contra uma equipe que não conseguiu levar perigo algum aos donos da casa.

E não precisou de um minuto sequer para que o sonho tricolor começasse a desmoronar. Aos 45 segundos do primeiro tempo, Cléo Silva tocou na saída do goleirão Alencar. A missão que já era difícil – por conta da derrota sofrida na semana passada, na Arena da Amazônia (0 a 1) –, ficou praticamente impossível.

Só que o pior ainda estava por vir. Em cobrança de falta ensaiada, Pereira manda a bola na área para Guilherme Queiroz fazer um golaço aos 13 minutos do primeiro tempo. O cenário estava completo para a “Missão Impossível”, que ficaria ainda pior quando Danielzinho fez o terceiro gol da partida, aos 32 minutos do primeiro tempo. Nesta altura dos acontecimentos, o prejuízo já era incalculável para o time amazonense, que contabilizava um placar agregado de quatro gols negativos.

Dali em diante, o Novorizontino – que já tinha a vida ganha – decidiu já pensar no próximo jogo, a semifinal, enquanto o Fast trocava passes, ao melhor estilo “mosca de confeitaria”, sem objetivo nenhum. O goleiro do Tigre, Giovanni, sequer sujou o uniforme, poupando trabalho para as lavadeiras do time paulista.

Aliás, o único trabalho do Novorizontino era tentar encaixar algum contra-ataque. E os jogadores ainda se davam ao luxo de perder mais gols feitos. Não por incompetência, mas porque àquela altura, já tratavam o jogo como um treino sem qualquer importância.

Drama pré-jogo

É preciso falar que aconteceu com Fast Clube tudo que não poderia acontecer na reta final. O Rolo jogou a partida de ida completamente desfalcado por conta da covid-19. Um prejuízo enorme na preparação da equipe. Isso precisa ser levado em conta num jogo deste nível.

Agora, o que é incompreensível é a falta daquele espírito aguerrido que o clube vinha carregando nesta Série D. A vontade de ganhar, a combatividade, parece que ficaram em Manaus.

Futuro

Que o Fast possa, ainda este ano, fazer uma nova tentativa na Série D. O próprio Manaus FC subiu depois de fracassar na primeira tentativa diante do Imperatriz (MA). O caminho pode ser o mesmo.

Um quase acesso rende ao clube uma certa maturidade neste tipo de competição. A maturidade somada a reforços pontuais, manutenção da espinha dorsal da equipe e, principalmente, a manutenção do técnico Ricardo Lecheva podem ser um bom “primeiro passo” para uma nova tentativa de acesso do Tricolor de Aço.