Após análise dos dados obtidos com a quebra de sigilo bancário, pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) foi constatado que, no mínimo, R$ 7,8 milhões dos recursos destinados a Federação dos Pescadores do Estado do Amazonas e Roraima (Fepesca) e Educação e Cultura ao alcance de todos (ECAT), ambas investigadas, são provenientes da Secretaria de Estado da Saúde (Susam), em convênios firmados com a Secretaria de Estado do Trabalho (Setrab).
O dinheiro é provenientes da Susam, em convênios firmados com a Setrab – Foto: Divulgação
Segundo os promotores de Justiça do Gaeco, Alessandro Samartin de Gouveia e Igor Starling Peixoto, responsáveis pela investigação, em análise preliminar, aponta para a existência de indícios de prática de crimes de falsidade ideológica, peculato, lavagem de capitais e organização criminosa. A investigação, ainda, destaca que os então secretários responsáveis pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e Secretaria de Estado da Saúde (Susam), à época dos fatos eram, respectivamente, Afonso Lobo e Wilson Alecrim, presos na Operação Custo Político, desdobramento da Maus Caminhos.
De acordo a Gaeco, e todos os documentos públicos apresentados e publicados no portal de transparência do Estado do Amazonas, referentes ao período de 2012 a 2014, apontarem-nos como sido feitos a partir de contas da Setrab.
Com a quebra do sigilo nas investigações, a Gaeco solicitou informações da Sefaz e Setrab quanto aos fundamentos fáticos e jurídicos dos pagamentos terem sido realizados através de conta Bancária pertencente à Susam, pasta diversa daquela responsável pelos convênios firmados com a Fepesca, segundo informações que constantes no Portal de Transparência do Governo do Estado do Amazonas e respectivas notas de empenho e ordem bancária.
As ex-secretárias da Setrab, Iranildes Chagas e Maria Francinete Lima serão notificadas para prestar esclarecimentos.
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