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FMI: economia do Japão pode resistir a mudança de planos na Olimpíada

Aumento no número de casos de covid-19 ainda traz incerteza quanto à realização dos Jogos, marcados para iniciar em 23 de julho

FMI: economia do Japão pode resistir a mudança de planos na Olimpíada

Foto: Divulgação

TÓQUIO – O cancelamento ou adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio não deve afetar muito a economia do Japão. A medida, no entanto, pode exigir que o governo japonês ofereça apoio direcionado às pequenas empresas duramente atingidas.

A declaração foi dada por Odd Per Brekk, vice-diretor do departamento para a Ásia e Pacífico do Fundo Monetário Internacional (FMI). A fala foi feita em uma entrevista à agência Reuters, na última terça-feira (13).

Embora o governo planeje prosseguir conforme o programado, um novo aumento nas infecções por coronavírus e a lenta distribuição de vacinas têm aumentado preocupações sobre o destino da Olimpíada. Os Jogos estão com o início marcado para julho, após o adiamento no ano passado.

Leia mais: Olimpíada de Tóquio não terá público estrangeiro, afirma agência

“Uma mudança nos planos para a Olimpíada teria impacto limitado nas perspectivas gerais de crescimento de curto prazo, dado que o Japão é uma economia grande e diversificada”, disse Brekk.

A maior parte da infraestrutura necessária para os Jogos já está instalada. Além disso, o impacto esperado no crescimento decorrente da dissolução do turismo seria pequeno, acrescentou.

“Dito isso, devemos estar cientes de que o cancelamento dos Jogos Olímpicos teria um impacto desproporcional no setor de serviços em Tóquio. Isso pode acontecer especialmente entre empresas de pequeno e médio porte”, disse à Reuters em entrevista por escrito na terça-feira.

Brekk ainda aponta que o governo japonês pode precisar oferecer apoio às empresas do setor. Segundo ele, algumas análises baseadas em pesquisas sugerem que o cancelamento das Olimpíadas pode reduzir o crescimento das vendas em mais de 5%, acrescentou.

(*) Com informações da Agência Brasil.