Manaus, 28 de março de 2024
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Política

Funasa contratou consultorias de parentes de servidores, diz CGU

Em 2020, a CGU irá auditar as contas dos prefeitos de Anamã e Itamarati, no Amazonas.

Funasa contratou consultorias de parentes de servidores, diz CGU

Funasa (Divulgação)

Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou uma série de irregularidades na contratação de consultorias para a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), entre elas, a de parentes de servidores do órgão.

A Funasa solicitou 70 consultores externos em 2018, totalizando um gasto de R$ 5,6 milhões.

Parentes

No Amazonas, Chico do Belo (PSC) e Antônio Maia (DEM), prefeitos de Anamã e Itamarati, terão as contas de convênios executados com dinheiro federal auditadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) em 2020.

Leia mais: Prefeitos de Anamã e Itamarati terão as contas auditadas pela CGU

O sorteio de 60 municípios com menos de 500 mil habitantes foi realizado na última quarta-feira, 19, pelos auditores da CGU e colocou na lista os dois prefeitos que buscam a reeleição neste ano.

Contratos

A auditoria que aponta a contratação de parentes de servidores da CGU, feita com base em 18 desses contratos, mostra que cerca de R$ 330 mil dos serviços foram feitos por quatro consultores com algum grau de parentesco com servidores da própria Funasa.

O documento não mostra os nomes, mas constata que há casos em que uma filha, uma sobrinha, uma esposa e um filho de servidores foram pagos pela fundação.

A CGU afirma que em um dos casos, “os produtos entregues caracterizaram-se por reproduções de documentos de domínio da Funasa, sem agregação de qualquer conhecimento”.

Em outro, o material entregue “não apresenta qualquer conteúdo técnico que caracterize agregação de conhecimento à instituição e considerou-se que os trabalhos poderiam ser realizados por servidores da própria Funasa”.

A controladoria ainda detectou “produtos entregues pelos consultores com utilização da literalidade de textos disponíveis na Internet, sem menção à fonte consultada, configurando plágio, no intuito de comprovar a prestação do serviço”.

A CGU recomendou a adoção de medidas para a devolução do valor dos trabalhos em que houve plágio e pediu uma verificação interna para identificar a existência de outros consultores com parentesco com os servidores da fundação. As informações são do jornal O Globo.