Manaus, 3 de maio de 2024
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Brasil

Gabriel Monteiro tem prisão preventiva decretada pela Justiça do Rio

Monteiro perdeu o mandato de vereador após ter sido cassado por quebra de decoro parlamentar

Gabriel Monteiro tem prisão preventiva decretada pela Justiça do Rio

(Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil)

RIO DE JANEIRO – A 34ª Vara Criminal do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva do ex-vereador Gabriel Monteiro (PL). A informação foi confirmada nesta segunda-feira (7) pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

O processo, que corre em segredo de Justiça, se trata de uma acusação de estupro contra uma estudante de 23 anos. Ela afirma que conheceu Gabriel na boate Vitrinni, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, e de lá foi levada para a casa de um amigo de Monteiro, no Joá, na Zona Sul.

Segundo a vítima, no local, Gabriel teria constrangido a vítima para fazer sexo com ele, com violência, passando uma arma no seu rosto, empurrando-a na cama, segurando os seus braços e dando tapas no rosto da vítima.

Em agosto, Gabriel Monteiro perdeu o mandato de vereador após ter sido cassado por quebra de decoro parlamentar. Ele tentou se candidatar à Câmara dos Deputados nas últimas eleições, mas sua candidatura foi indeferida pelo Colegiado do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) por conta da cassação sofrida na Câmara Municipal.

Leia mais: Ex-assessores de Gabriel Monteiro revelam que vereador fazia sexo com menores em público

Impedido de concorrer, o ex-policial militar e youtuber apoiou a candidatura da irmã, Gisele Monteiro (PL), eleita deputada estadual, e do pai, Roberto Monteiro (PL), eleito para a Câmara dos Deputados.

Entenda

O ex-vereador é réu em processo em que responde aos crimes de importunação e assédio sexual contra uma ex-assessora, e também teve denúncia aceita pela Justiça em um caso em que é acusado de ter filmado uma relação sexual com uma adolescente, que na época tinha 15 anos.

Sua defesa alegou, na época da segunda denúncia, que ele acreditava que a menina era maior de idade. Sobre o outro caso, os advogados haviam afirmado que seus ex-assessores trabalham para a “máfia do reboque”, que teria sido denunciada por ele.

A denúncia envolvendo a menor de idade foi uma das três destacadas no processo de cassação que o ex-vereador respondeu na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O relatório elaborado pela Comissão de Ética da Casa apontava ainda uma encenação que envolvia uma menor de idade em um shopping e a agressão contra um morador de rua convidado para a encenação de um roubo na Lapa.

A defesa de Monteiro sustentou no dia da cassação que a encenação com a adolescente no shopping foi consentida pela mãe da jovem e que a gravação com o morador de rua era um experimento social e que ele teria sido agressivo.

(*) Com informações da Agência Brasil