Manaus, 1 de julho de 2024
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Política

General Santos Cruz deixa Bolsonaro no passado e se alia a Moro: ‘Brasil não precisa de salvador da pátria’

Moro esteve presente na filiação de Santos Cruz ao Podemos e o elogiou a saída do então colega do comando da Segov

General Santos Cruz deixa Bolsonaro no passado e se alia a Moro: ‘Brasil não precisa de salvador da pátria’

Foto: Reprodução

BRASÍLIA, DF – O general da reserva e ex-ministro na gestão de Jair Messias Bolsonaro, Carlos Alberto dos Santos Cruz filiou-se nesta quinta-feira (25) ao Podemos. Durante filiação, o general afirmou que o país não precisa de um “salvador da pátria”, defendendo que o próximo presidente seja um “liberal na economia, mas apaixonado pelas causas sociais”.

Santos Cruz ainda não confirmou para qual cargo vai concorrer na disputa do ano que vem, mas sua entrada na sigla vai fortalecer a candidatura de Sérgio Moro, e, que já é dado como certo no Podemos, uma candidatura de Santos Cruz ao Senado. As opções são Distrito Federal, Rio de Janeiro ou São Paulo.

Ambos são ex-integrantes do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Presente ao evento em Brasília, Moro elogiou a saída do então colega do comando da Segov (Secretaria de Governo), dizendo que o general mostrou “desprendimento e caráter” ao deixar o cargo menos de 6 meses depois de assumi-lo. Santos Cruz foi demitido depois de entrar em rota de colisão com o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente.

O próprio ex-juiz da Lava Jato, por sua vez, ficou à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública até abril de 2020.

“[Santos Cruz] não teve receio de se retirar do governo quando percebeu que, na verdade, o plano do governo não era construir um país melhor, mas, sim, atender a interesses pessoais do comandante do momento”, disse Moro, sem citar o nome de Bolsonaro.

Leia mais: Deltan, deputados do Novo e PTB estão a caminho do Podemos, de Sérgio Moro

O ex-juiz fez elogios às Forças Armadas e lembrou o currículo militar de Santos Cruz, conhecido pelo comando de operações de pacificação no Haiti e no Congo.

Ao lado de sua mulher, Dora Regina Gondim Cruz, da presidente do Podemos, a deputada Renata Abreu (SP), do líder do partido na Câmara, Igor Timo (MG), do líder da legenda no Senado, Álvaro Dias (PR), e de Moro, o general afirmou que o principal motivo de sua filiação é apoiar “mais diretamente” a candidatura do ex-juiz à Presidência da República.

“A política não pode ser criminalizada. A política é a única maneira, é a única ferramenta, é a única forma que nós temos para mudar a realidade e para mudar aquilo que se acha problemático na sociedade”, disse o militar.

Próximo filiado

Depois de Moro, o Podemos está prestes a anunciar a filiação de um outro nome que ganhou projeção nacional com a Lava Jato. O ex-procurador da República Deltan Dallagnol está acertado com o partido. A cerimônia deve ser realizada em 11 de dezembro.

Na semana que vem, um evento em Porto Alegre (RS) marcará a migração do deputado Maurício Dziedricki (PTB-RS) para o Podemos. A legenda espera usar a candidatura da Moro para atrair a filiação de outros deputados até a janela partidária, em abril do ano que vem.

(*) Com informações Poder360

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