Manaus, 4 de maio de 2024
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Cenário

Gilmar Nascimento e Rodrigo Guedes trocam farpas na CMM

Guedes insuflou o parlamento ao declarar que o prefeito David é mentiroso. Em defesa do prefeito, Gilmar Nascimento rebateu Guedes e citou trecho do Regimento Interno.

Gilmar Nascimento e Rodrigo Guedes trocam farpas na CMM

(Foto: CMM/ divulgação)

Manaus (AM) – O ano eleitoral está transformando a Câmara Municipal de Manaus (CMM) em um ringue. Isso porque os debates entre os vereadores de oposição e os da bancada do prefeito David Almeida (Avante) estão cada vez mais inflamados. A prova disso foi nesta quarta-feira (24) quando o vereador Rodrigo Guedes (Progressistas) insuflou o parlamento ao declarar que o prefeito é mentiroso sobre o índice do reajuste dos professores.

“O prefeito disse ontem também que não se pode, neste ano eleitoral 2024, conceder ganhos reais aos servidores públicos municipais. Ou seja, não poderia conceder além da inflação. Mentira! Mais uma mentira. Eu não sei se é proposital ou ele é mal orientado. Mais uma mentira, porque simplesmente pode. Não há nada que proíba, com exceção dos 180 dias que antecedem o pleito eleitoral”, assegurou.

Em defesa do prefeito, o vereador Gilmar Nascimento (Avante) rebateu Guedes e citou o Artigo 105, inciso 7 do Regimento Interno, da “manutenção da ordem, do respeito e da austeridade.

“De repente, eu ouvi na fala do vereador Rodrigo Guedes, quando ele falou que o prefeito é mentiroso, eu queria pedir, senhor presidente, para retirar das notas dessa Casa as palavras do vereador Rodrigo Guedes quando ele se referiu ao prefeito como mentiroso.

Na realidade, viola aí o artigo 105, inciso 7. Peço providências da Mesa em relação a isso, das palavras do vereador Rodrigo Guedes. Porque eu digo isso? Porque não podemos ficar aqui injuriando, caluniando. O prefeito é eleito pela cidade de Manaus e nós somos vereadores. Quando você chama alguém de mentiroso, você está ofendendo, agredindo e sendo descortês”, exprimiu.

 

Após o pronunciamento de Gilmar Nascimento, Rodrigo Guedes rebateu. E disse que a Câmara, e que a Procuradoria da Casa Legislativa que devem lhe julgar, pois não considera ter usado termo descortês e que apenas revelou um fato. E prosseguiu a explicação: “se uma pessoa mente, ela é mentirosa e várias vezes o prefeito falou inverdades ou mentiras”, repetiu.

“Então, se o prefeito se sentiu ofendido, ele que entre na Justiça. Não cabe a Câmara ficar dizendo o que eu tenho que falar ou não. Eu não o xinguei, eu não o ofendi. Eu falei que ele falou uma série de inverdades, uma série de mentiras. Se for o caso, a gente faz a ‘CPI da Mentira’ aqui. Pegamos todas as declarações do prefeito e a gente vê se ele pode comprovar essa série de declarações, que não correspondem à realidade. Então, não cabe aqui um vereador ficar tentando cercear a palavra de outro vereador. Inclusive, senhor presidente, eu peço que a Câmara tome realmente medidas, porque tudo que eu falo aqui, agora tentam tirar dos registros da Câmara”, reclamou Guedes.

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