Nesta sexta-feira (26), data do Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, o Portal AM1 mostra uma entrevista com o oftalmologista Dr. Neuzimar Pinheiro, para esclarecer algumas dúvidas sobre a doença. O glaucoma atinge até 2,5 milhões de pessoas com mais de 40 anos no Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira do Glaucoma (SBG).
“O glaucoma é o principal causador da cegueira irreversível. Nós temos a catarata, que também promove a cegueira. Ela é a diminuição da transparência da lente intraocular, mas essa cegueira e reversível cirurgicamente, o que infelizmente não acontece no glaucoma”, disse o especialista.
O glaucoma é uma doença crônica que atinge o nervo óptico, que é a estrutura responsável por conectar o que o olho enxerga com o cérebro para formar a visão.
A pressão intraocular, suficientemente elevada, lesiona o nervo óptico progressivamente e, infelizmente, não é possível recuperar as partes do nervo que foram lesadas. Assim, o glaucoma não tratado corretamente pode levar à perda permanente da visão. O processo é lento e pode progredir durante anos, até que surjam os primeiros sintomas.
Ainda conforme o oftalmologista, a maioria dos casos ocorre por que as pessoas já nascem geneticamente predispostas para ter a doença, e não se trata de algo que a pessoa tenha, ou não, feito para ter o glaucoma.
Tipos de Glaucoma
Existem outros tipos que são chamadas de secundários, que podem ocorrer devido a traumas oculares sofridos ou relacionados a doenças como diabete, artrite reumatoide ou o uso excessivo de corticoides.
Entre os tipos, o mais comum é o glaucoma primário, que sempre surge durante o processo de envelhecimento do corpo humano, ou seja, a partir dos 40 anos de idade.
Fatores de risco
Entre os fatores de risco está o histórico da doença na família, mas há, também, outros fatores como: etnia africana (para glaucoma de ângulo aberto) ou asiática (glaucoma de ângulo fechado), idade acima de 40 anos e presença de miopia em graus altos. É muito importante que toda pessoa que faz parte do grupo de risco realize o acompanhamento médico oftalmológico.
Sintomas
Conforme o Dr. Neuzimar Pinheiro, geralmente o glaucoma não possui sintomas, ou seja, é assintomático e pode não causar nenhum incómodo e continuar danificando o nervo óptico. Somente no estado mais avançado da doença é que o paciente começa a perceber dificuldades para enxergar.
Tratamento de glaucoma
O tratamento consegue manter a visão do paciente, mas os danos ao nervo não podem ser revertidos. Por isso, identificar a doença ainda nos estágios iniciais é muito importante.
O tratamento do glaucoma, comprovadamente eficaz, consiste na redução dos níveis de pressão intraocular, que pode ser obtido por meio de colírios combinados e passados pelo médico. O glaucoma é uma doença crônica que, infelizmente, não tem cura, mas há controle.
Há, também, a opção de tratamento a laser – que é um procedimento que pode reduzir a pressão intraocular por algum tempo e com raras complicações; ou também existem cirurgias para reduzir a pressão intraocular e controlar a doença.
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