Manaus, 2 de maio de 2024
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Manaus, 2 de maio de 2024

Cidades

Grupo é preso em Maués e Parintins por desviar mais de R$ 1 milhão em processos judiciais

Ao todo, 10 pessoas foram presas pela Polícia, em cumprimento aos mandados de prisão; desvio de valores de processos passa de R$ 1,2 milhão

Grupo é preso em Maués e Parintins por desviar mais de R$ 1 milhão em processos judiciais

Operação foi deflagrada pelo Gaeco do Ministério Público (Foto: Divulgação)

MANAUS, AM – Um grupo de 10 pessoas, incluindo um servidor do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), foi preso nesta quinta-feira (2), acusados de emitir alvarás fraudulentos para desvio de valores de contas vinculadas a processos judiciais já arquivados, no âmbito da Operação Nababo. Ao todo, foram 10 mandados de prisão, cumpridos nos municípios de Maués e Parintins. O nome das pessoas detidas não foi divulgado.

A operação Nababo foi deflagrada pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e pelo Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em parceria com a Polícia Civil do Amazonas. Segundo o MP, os desvios passam da faixa de R$ 1,2 milhão, e a atuação do grupo acontecia em seis comarcas diferentes. A investigação ainda segue, com a colaboração da Corregedoria do TJAM.

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Durante as investigações, o MP encontrou movimentações processuais injustificadas, que consistiam na inclusões de nomes de pessoas como partes ou advogados, mesmo sem ter qualquer relação com os processos. Depois que os nomes eram incluídos como partes, ocorria a emissão dos alvarás, as movimentações irregulares contendo os desvios de vaores eram apagadas e os atos eram colocados sob sigilo.

Segundo o MP, analisando as movimentações, foi verificado o uso constante de um login e senha de um servidor terceirizado do TJAM. “Vimos que essa pessoa era o principal suspeito, e fazia uso de um segundo login, sem autorização, para concluir parte dos desvios”, afirmaram, em nota.

Ainda conforme o Ministério Público, o nome da operação é oriundo da exposição nas redes sociais do padrão de vida do suspeito. “O elevado padrão de vida e ostentação dele era incompatível com a sua remuneração no TJ, o que não justificaria o estilo nababesco exposto em público”, diz a nota.

(*) Com informações da assessoria.

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