Manaus, 2 de maio de 2024
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‘Guerra é indesculpável’, diz Papa Francisco em mensagem de Natal

Francisco afirmou que o povo, que não quer armas, mas pão, que é ignorado quanto de dinheiro público é destinado a armamentos.

‘Guerra é indesculpável’, diz Papa Francisco em mensagem de Natal

(Foto: Youtube/Vaticanews)

Vaticano – Na mensagem de Natal Urbi et Orbi (da cidade a todo universo) desta segunda-feira (25), o papa Francisco afirmou que a guerra é uma “loucura indesculpável” e implorou para o fim dos conflitos na Ucrânia e na Palestina.

Do balcão central da Basílica de São Pedro, Francisco afirmou que olhar e o coração dos cristãos de todo o mundo estão voltados para Belém, onde nestes dias em que reinam a dor e o silêncio, ressoou o anúncio esperado há séculos: “Nasceu-vos um Salvador, que é o Messias Senhor”.

“Irmãos e irmãs, hoje em Belém, por entre as trevas da terra, acendeu-se esta chama inextinguível; hoje, sobre as trevas do mundo, prevalece a luz de Deus, que «a todo o homem ilumina.”

Francisco lembrou que na Sagrada Escritura, ao Príncipe da paz opõe-se o “príncipe deste mundo, que, semeando a morte, atua contra o Senhor”, “amante da vida”. O mal é visto atuar em Belém, quando, depois do nascimento do Salvador, se verifica a matança dos inocentes.

“Quantas matanças de inocentes no mundo! No ventre materno, nas rotas dos desesperados à procura de esperança, nas vidas de muitas crianças cuja infância é devastada pela guerra. São os pequeninos Jesus de hoje”, afirmou Francisco.

Conforme Francisco, dizer “sim” ao Príncipe da paz significa dizer “não” à guerra, a” toda a guerra, à própria lógica da guerra, que é viagem sem destino, derrota sem vencedores, loucura indesculpável. Mas, para dizer «não» à guerra, é preciso dizer «não» às armas”, afirmou.

Francisco também criticou o comércio das armas. “Hoje, como no tempo de Herodes, as conspirações do mal, que se opõem à luz divina, movem-se à sombra da hipocrisia e do escondimento. Quantos massacres armados acontecem num silêncio ensurdecedor, ignorados de tantos! O povo, que não quer armas mas pão, que tem dificuldade em acudir às despesas quotidianas, ignora quanto dinheiro público é destinado a armamentos.”

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