Manaus, 2 de maio de 2024
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‘Homem de confiança’ de Afonso Lobo é cotado para Sefaz

‘Homem de confiança’ de Afonso Lobo é cotado para Sefaz

Cotado para comandar a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) na gestão do governador eleito do Estado, Wilson Lima (PSC), o técnico de Arrecadação de Tributos Estaduais Alex Del Giglio  já foi considerado o “braço forte” e “homem de confiança” do ex-secretário da Fazenda Afonso Lobo.

Afonso Lobo foi chefe direto de Alex Del Giglio (Reprodução)

Lobo é acusado de corrupção passiva pelo Ministério Público Federal (MPF) por participar de uma quadrilha que desviou quase R$ 200 milhões da Saúde, no Amazonas, na operação  “Maus Caminhos”. A operação levou esse nome em referência ao esquema constatado nos contratos do Instituto Novos Caminhos (INC), do empresário Mouhamad Moustafa, que prestava serviços  para a Secretaria de Estado de Saúde (Susam).

O ex-secretário da Sefaz foi preso, preventivamente, na segunda fase da operação, a “Custo Político”, em dezembro de 2017, que apontou a participação de gestores públicos na organização criminosa, e conseguiu um habeas corpus em abril deste ano, mas foi liberado com tornozeleira eletrônica.  

De acordo com a Justiça Federal, o ex-titular da Sefaz Afosno Lobo conseguiu escapar da denúncia de falso testemunho, mas ainda responde pelo crime de corrupção passiva que está em tramitação.

Gestão questionada

Alex Del Giglio foi presidente da Agência de Fomento do Estado do Amazonas S.A. (Afeam) entre os anos de 2016 e início de 2018 e, segundo servidores da agência, a passagem dele pelo órgão deixou a desejar por não tem desenvolvido projetos inovadores, limitando-se a tentar tocar ações da gestão anterior, resultando em seu desligamento.

Del Giglio, também, teve sua conduta questionada por acumular duas remunerações dentro do governo do Estado, a de técnico da Sefaz no valor de R$ 22 mil e a de R$ presidente da Afeam, com R$ 24 mil, somando R$ 46 mil ao mês.

A gestão dele à frente da agência ainda foi cobrada  pelo Banco Central por não fazer alterações no Estatuto da Afeam, com base na Lei 13.303, conhecida como Lei das Estatais, o que acabou não ocorrendo durante toda a sua administração.