Manaus, 2 de maio de 2024
×
Manaus, 2 de maio de 2024

Cidades

Hora da comida: confira dicas sobre alimentação para os ‘doguinhos’

Assim como os humanos, os cachorros também precisam ter horários para se alimentar. Os “pais de pets” precisam se preocupar ainda com a porção e a marca correta, dependendo da raça, idade e peso do doguinho

Hora da comida: confira dicas sobre alimentação para os ‘doguinhos’

Foto: divulgação/Pinterest

Todas as pessoas que têm um bicho de estimação sabe o quão é necessário cuidar do animal para que ele tenha uma vida saudável. Além de todo amor, tempo e carinho que é dedicado ao pet, a alimentação também é algo que deve ser levado em consideração.

Assim como os humanos, os cachorros também precisam ter horários para se alimentar. Os “pais de pets” precisam se preocupar ainda com a porção e a marca correta, dependendo da raça, idade e peso do doguinho.

Pensando em você que ama seu “auau” e quer o melhor para ele, o Portal Amazonas 1 conversou com a médica veterinária, dra. Kelly Souza, registrada no Conselho Regional de Medicina Veterinária com o número (CRMV 1369), que vai tirar algumas dúvidas sobre como alimentar bem e corretamente os “cachorríneos”.

Para saber se o animal está com fome, a especialista indica observar a barriguinha do dog. Ela também alerta sobre a escolha da melhor ração baseada em propostas nutricionais específicas e terapêuticas; além da quantidade correta que deve ser ingerida pelo “bichinho”. Ver dicas de misturas que podem ser adicionadas à ração também é indicado.

Fica de olho nas dicas  da Dra. Kelly e aproveite os momentos mais felizes ao lado do “melhor amigo do homem, da mulher, das crianças e de todos”.

Leia mais: Maus-tratos: homem é flagrado chutando cabeça de cachorro

  • Como saber que o cachorro está com fome?

Cada animal pode apresentar comportamentos diferentes para manifestar a sua vontade em comer. Na maioria das vezes, o proprietário sabe reconhecer aquela carinha de “pidão”. Essa carinha vem de fábrica e não podemos nos basear como parâmetro para saber se realmente o animal está com fome. Podemos então perceber a barriga com um volume menor, inquietude, latidos e o pet começar a seguir o seu dono por onde ele for. Alguns, inclusive, aprendem a pegar a vasilha de comida e levar até o seu dono.

  • Qual a melhor a ração para dar ao animal, depende da idade, do peso ou da raça?

Temos uma infinidade de marcas de rações com diversas especificações que variam de acordo com a idade, porte, raça, necessidades nutricionais específicas e terapêuticas. Temos ainda as classificações, de acordo com o nível de proteína, digestão e qualidade de um modo geral, classificadas em ração de Manutenção (básica), Standard, Premium, Premium Especial e Super Premium. As melhores de acordo com a quantidade e qualidade dos nutrientes são as premium, premium especial e super premium. Então o tutor deve sempre optar por uma dessas três classificações para fornecer um melhor aporte nutricional para o seu pet. Existe ainda a alimentação natural elaborada por um médico veterinário nutricionista.

  • Qual a quantidade certa de ração?

Cada ração possui uma tabela de valores nutricionais indicando a quantidade em que deve ser administrada diariamente, de acordo com o peso do animal. Geralmente, essas indicações estão descritas na parte de trás da embalagem. Por exemplo: animal com 5kg – 80g diárias. É só dividir pelo número de refeições que deve ser no mínimo duas por dia. Então 80/2= 40g por alimentação. Lembrando que, essa quantidade varia de marca para marca.

  • Quantas vezes ele pode se alimentar por dia?

– Filhotes até 3 meses devem se alimentar 4 vezes ao dia;
– Filhotes de 4 a 8 meses devem se alimentar 3 vezes ao dia:
– Adultos (a partir de 12 meses) devem se alimentar no mínimo 2 vezes ao dia (uma pela manhã e outra a noite).

  • A ração pode receber misturas, quais?

Sim, pode. Existem sachês, patês e molhos próprios para misturar com a ração seca e podemos também acrescentar carnes (frango, peixe, carne bovina e carne de cordeiro), preferencialmente cozidas e que não contenham condimentos e temperos como alho e cebola, além de pimenta, colorau, cominho, dentre outros. Eles são extremamente tóxicos para os pets, O tutor pode misturar também com verduras e legumes (cenoura, beterraba, batata doce, abóbora, chuchu, salsa, brócolis, dentre outros).

Algumas frutas também são permitidas, como: tomate, maçã, banana, mamão. Frutas como laranja, uva, carambola e abacate devem ser evitadas. Lembrando que todo excesso não é saudável, então cuidado com a quantidade. Ao optar por uma alimentação totalmente natural, o tutor deverá consultar um médico veterinário.

  • O uso errado ou em excesso da ração pode causar algum tipo de doença no bicho?

Sim, pode. Caso o tutor forneça muita ração diariamente, esse animal pode vir a ter problemas gastrointestinais e de digestão de um modo geral, além de doenças nutricionais, metabólicos e endócrinas com o ganho de peso. Por esse motivo, a ração deve ser regrada e administrada na quantidade e na hora correta.

É importante ressaltar o armazenamento da ração que deve ser mantida preferencialmente em sua embalagem, bem fechada e em ambiente fresco e seco. Em hipótese alguma, o tutor deve deixar a ração à vontade na vasilha do animal, pois a mesma pode ficar contaminada e fermentada, ocasionando vômitos, diarreias e infecções após a sua ingestão.

Sobre a veterinária

Dra. Kelly Souza é formada em veterinária há um ano e meio pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM). Ela faz atendimentos em domicílio, realiza consultas, aplicação e vacinas, exames laboratoriais e de Imagem, além de dar atestado de saúde do pet.