Manaus, 29 de março de 2024
×
Manaus, 29 de março de 2024

Mundo

Imprensa mundial volta os olhos para a Amazônia após morte de Bruno e Dom

A imprensa mundial classificou o crime como "uma história sangrenta da Amazônia"

Imprensa mundial volta os olhos para a Amazônia após morte de Bruno e Dom

Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips. (Foto: Reprodução)

MANAUS – Após a confirmação da morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, nessa quarta-feira (15), a imprensa mundial classificou o crime como “uma história sangrenta da Amazônia”. Os dois desapareceram no último dia 5, e após mais de 10 dias de buscas, os suspeitos presos pela polícia confessaram o crime.

O jornal The Guardian, no qual Dom Phillips atuava como colaborador, pontuou que o encerramento do caso trouxe um “triste desfecho a uma busca de dez dias que horrorizou a nação e destacou o perigo crescente aos que ousam defender o meio ambiente e comunidades indígenas do Brasil”.

Um dos mais tradicionais veículos de imprensa dos Estados Unidos, o site do The New York Times, publicou que o caso de Bruno e Dom é um “capítulo escuro na recente história sangrenta da Amazônia”.

Leia mais: Esposa de Dom chora ao saber do encontro dos corpos: ‘agora podemos nos despedir com amor’

“Phillips dedicou grande parte de sua carreira a contar as histórias do conflito que devastou a floresta tropical, enquanto Pereira passou anos tentando proteger as tribos indígenas e o meio ambiente em meio a este conflito. Agora parece que o trabalho se tornou mortal para eles, mostrando até que ponto as pessoas estão dispostas a explorar ilegalmente a floresta tropical”, publicou o veículo.

O jornal americano Washington Post, fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que afirmou que Dom Phillips era “mal visto na Amazônia”.

“Esse caso tem sido acompanhado de perto no Brasil, onde uma das questões mais polêmicas é sobre se a floresta amazônica deve ser desenvolvida ou preservada. O presidente Jair Bolsonaro, um forte defensor do desenvolvimento, que já apoiou garimpeiros e desmatadores ilegais, culpou por seu desaparecimento. Em um comunicado na quarta-feira, ele disse que o jornalista era ‘mal visto na região’”, disse.

(*) Com informações do Metrópoles