Manaus, 3 de dezembro de 2024
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Cidades

Influencers do AM ensinavam a importar produtos clandestinamente, diz PF

A PF deflagrou uma operação nesta quinta-feira (28) para apurar o comércio ilegal de produtos eletrônicos em quatro estados.

Influencers do AM ensinavam a importar produtos clandestinamente, diz PF

(Foto: Divulgação/PF)

Manaus (AM) – Influenciadores digitais de Manaus estão no centro de uma investigação da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta quinta-feira (28), que apura atuação de uma organização criminosa responsável pela importação clandestina de produtos eletrônicos.

A Operação “Hidden Circuit”, em conjunto com a Receita Federal, visa combater crimes de descaminho, organização criminosa, evasão de divisas, incitação ao crime e lavagem de capitais nos estados do Amazonas, Goiás, Tocantins e Mato Grosso.

A operação de hoje é um desdobramento da Operação Mobile (deflagrada em abril deste ano), iniciada a partir da prisão em flagrante de vários transportadores de mercadorias, especialmente eletrônicos, sem os pagamentos dos devidos tributos.

Aproximadamente 300 policiais federais e 133 servidores da Receita Federal, entre auditores-fiscais e analistas-tributários, cumpriram 76 mandados judiciais de busca e apreensão e de sequestro de veículos.

As investigações revelaram a existência de uma organização criminosa que atuava na importação clandestina, no transporte, depósito e na comercialização nas cidades de Goiânia, Anápolis, Palmas, Manaus e Confresa de produtos eletrônicos oriundos do Paraguai.

Contabilizando somente as apreensões de mercadorias realizadas em fases anteriores da operação, chega-se a um montante de aproximadamente de R$ 10 milhões.

Membros

A organização criminosa, composta por diversos integrantes, possuía divisão de tarefas especializadas entre seus membros e as empresas envolvidas realizavam movimentação financeira milionária, também utilizando criptomoedas para realizar as transações ilegais e a lavagem de capitais oriundos dos crimes praticados.

Os prejuízos aos cofres públicos podem chegar ao valor de R$ 80 milhões por ano em tributos sonegados, segundo a Receita Federal.

São alvos da operação, influenciadores digitais que também atuavam como coaches e que se autointitulavam “especialistas” na importação de eletrônicos, ministrando cursos e ensinando seus seguidores a fazerem importação clandestina de produtos sem o recolhimento de impostos, orientando-os, também, a como proceder para “se ocultarem” das autoridades estatais. Esses influencers ostentavam uma vida de luxo na internet, realizando postagens de viagens e de carros importados provenientes dos lucros das atividades ilícitas.

Os investigados irão responder pelos crimes de descaminho, organização criminosa, evasão de divisas, incitação ao crime e lavagem de capitais.

Operação

O nome da operação se refere ao fluxo ou circuito que a organização criminosa utilizava e que funcionava de maneira oculta das autoridades estatais, descoberto por meio da presente investigação policial.

 

(*) Com informações da PF

 

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