Manaus, 5 de maio de 2024
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Economia

Interiorização e retomada da indústria são desafios da nova liderança da Suframa

Representantes da autarquia e da Associação Amazonense dos Municípios apresentaram demandas do estado

Interiorização e retomada da indústria são desafios da nova liderança da Suframa

Novo superintendente do órgão, Bosco Saraiva (à dir.), tomou posse nessa terça-feira (Foto: Isaac Júnior/Suframa)

Manaus (AM) – Durante reunião do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam), na manhã desta quarta-feira (26), representantes da Associação Amazonense dos Municípios (AAM) e da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) apontaram algumas demandas que precisam ser atendidas pela atual administração da autarquia.

O novo representante do órgão, o ex-deputado federal Bosco Saraiva, tomou posse do cargo ontem e já sinalizou algumas medidas que devem ser implementadas, como a valorização dos funcionários do órgão.

Na reunião, a secretária adjunta da Suframa, Ana Maria de Souza, apontou outras diretrizes anunciadas por Saraiva: o tripé modernização, integração e interiorização. De acordo com a secretária, esse “plano de voo” deve contribuir para a retomada do protagonismo da indústria no desenvolvimento econômico do país.

Ana Maria lembrou que a atividade industrial registrou queda acentuada nas últimas três décadas. “O nosso Polo Industrial de Manaus registrou, em 2010, valor adicional bruto em participação de 31%. Em 2020 chegou a 26%. É um conjunto de ações que serão trabalhadas para o fortalecimento do setor secundário, mola propulsora da arrecadação e da questão financeira do Amazonas”.

Potencial

O presidente da Associação Amazonense de Municípios (AAM), Anderson Sousa, pediu apoio da autarquia no aproveitamento da riquezas do interior. “A ZFM não foi criada para ficar presa em Manaus, e sim desenvolver todo o estado”, sentenciou. “Lá, temos potencial bastante elevado da indústria que pode beneficiar os produtos, em vez de apenas trazer matéria-prima”.

De acordo com o presidente da AAM, o pescado que sai de Tabatinga (a 1.106 quilômetros de Manaus) rumo a Bogotá, na Colômbia, poderia ser beneficiado no próprio município e em Santo Antônio do Içá (a 879 quilômetros da capital). “Temos rios de águas claras, como o Purus, Madeira e Juruá, com adubo natural renovado todos os anos. Não temos aproveitamento dos grãos, a exemplo do Egito. Vamos incentivar os empresários a vir para cá”.

Prefeito de Rio Preto da Eva, Sousa conseguiu autorização do governo federal para a instalação de um distrito agroindustrial e farmacológico no município, sob a previsão total de mais de R$ 80 milhões em investimentos. A iniciativa conta com o apoio do governo do Amazonas, da Suframa, Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico, Científico e Industrial (Sedecti), ao qual o Codam é vinculado, e das entidades do Sistema S.

“Trabalhamos em várias frentes para interiorização de investimento e apoio de atividades regionais”, afirmou o superintendente adjunto da Sedecti, Gustavo Igrejas. Ele citou o projeto de zoneamento do corredor ecológico do Amazonas, já homologado pelo governo federal, que consiste na definição das áreas autorizadas para atividades econômicas.

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