Manaus, 25 de abril de 2024
×
Manaus, 25 de abril de 2024

Brasil

Intervalo entre doses da vacina da Pfizer será de três meses, diz Saúde

Intervalo de três meses entre doses da vacina da Pfizer levou em conta estudos realizados em Israel, Reino Unido e Estados Unidos

Intervalo entre doses da vacina da Pfizer será de três meses, diz Saúde

Foto: Divulgação

BRASÍLIA, DF – O Ministério da Saúde decidiu recomendar o intervalo de 12 semanas (três meses) entre a 1ª e a 2ª doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19, que começou a ser distribuída no país nesta segunda-feira (3).

A medida consta de informe técnico da pasta com orientações a estados e municípios. O prazo segue modelo adotado no Reino Unido, primeira nação a utilizar a vacina da Pfizer em sua população.

Ao justificar a decisão pelo intervalo de três meses, a pasta disse que seguiu estudos feitos em outros países, como Israel, Estados Unidos e Reino Unido. Pesquisas nestes países apontaram mais de 80% de efetividade após dose única.

Os resultados dos estudos são citados em documento do ministério, que cita ainda a decisão do Reino Unido por adotar o mesmo intervalo em sua campanha de vacinação. O prazo que consta na bula da farmacêutica é de 21 dias.

Leia mais: Lote com 1 milhão de vacinas da Pfizer é distribuído nesta segunda-feira

“O Reino Unido orientou, inclusive, que o intervalo entre as doses da vacina da Pfizer seja de 12 semanas”, afirma. “Devido à necessidade de ampliar a vacinação em todo o país, considerando o cenário de transmissão do vírus da Covid-19, o Ministério da Saúde, em consonância com as discussões realizadas no âmbito da Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis, optou por adotar o intervalo de 12 semanas para a vacina da Pfizer.”

Em informe técnico, a pasta diz ainda que os dados epidemiológicos e de efetividade da vacina serão monitorados e que a recomendação “poderá ser revista caso necessário”. “Em cenários de maior disponibilidade do imunobiológico, o intervalo recomendado em bula poderá ser utilizado”, diz o documento.

Segundo a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Francieli Fontana, a pasta já avaliava a possibilidade de ampliar o intervalo de aplicação. “Se possibilitar uma ampliação de intervalo, ganhamos em relação ao quantitativo de vacinação a ser iniciada nas próximas remessas da vacina”, disse em reunião com secretários de saúde na última semana.

Contrato para vacinas da Pfizer

O país tem um contrato para obter 100 milhões de doses de vacinas da Pfizer. As primeiras doses do contrato chegaram ao país na última quinta (29), e a distribuição aos estados e municípios começou nesta segunda (3), com 499,5 mil doses do total de 1 milhão recebidas até o momento.

Segundo o ministério, o tempo entre a chegada e a distribuição ocorreu “após pedido de estados e municípios, que solicitaram mais tempo para organizar o armazenamento do imunizante”.

A pasta diz ainda que a decisão por fazer a distribuição em duas etapas ocorreu para facilitar o armazenamento do produto. O Ministério ainda informou que enviará as doses para a segunda aplicação nas próximas semanas.

O volume inicial será destinado à vacinação de pessoas com comorbidades, gestantes e púerperas e pessoas com deficiência permanente. O montante equivale a 1,6% desse público, ou 454 mil pessoas.

A distribuição será inicialmente restrita a capitais devido à logística de armazenamento da vacina, que tem regras específicas de temperatura.

De acordo com o ministério, as doses estão armazenadas a uma temperatura de -90°C a -60°C no centro de distribuição, em Guarulhos. Ao serem enviados aos estados, os imunizantes estarão expostos a temperatura de -20°C. Já nas salas de vacinação, onde a refrigeração é de 2°C a 8°C, as doses precisam ser aplicadas em até cinco dias.

(*) Com informações da Folhapress.