Faltando duas semanas para expirar o prazo da intervenção financeira no transporte coletivo de Manaus, o prefeito Arthur Neto (PSDB) estuda prorrogar essa intervenção e, inclusive, afirma que se for preciso, prorroga até o final do seu mandato. O decreto que instituiu essa intervenção é de 22 de julho com prazo de 90 dias e tem como interventor Francisco Bezerra.
Em entrevista ao Amazonas1 no início desta semana, o prefeito declarou que os 40% de arrecadação da tarifa de ônibus que fica com as empresas concessionárias do transporte coletivo ainda podem prejudicar o resultado final da intervenção financeira.
“Converso com o interventor duas ou três vezes por semana, relatórios são apresentados. Nos conseguimos a bilhetagem eletrônica pra nós administramos, e eles ainda mexem em 40% o que é um perigo, isso complica o resultado final e a pressa que a gente tem para finalizar”, concluiu Arthur .
O prefeito afirmou, também, que a intervenção vai até o final e criticou a falta de gestão dos empresários que operam o sistema de transporte coletivo. “Eles não têm caráter para gerir, mas têm novas empresas, têm empresas saudáveis nesse sistema e têm empresas que não prestam que devem ser expelida do sistema”, disse Arthur Neto. Apesar de todo esse cenário, o prefeito descarta municipalizar o transporte coletivo.
Atualmente, de acordo com o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), nove empresas têm concessão do transporte coletivo junto à Prefeitura de Manaus, num contrato firmado em 2011 com prazo de dez anos e possibilidade de ser prorrogado, caso ainda haja interesse.
A equipe de reportagem entrou em contato com a assessoria do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), mas nos informaram que não irão se pronunciar sobre o assunto.
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