Manaus, 23 de abril de 2025
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Manaus, 23 de abril de 2025

Cidades

Justiça autoriza uso de força policial durante greve dos rodoviários em Manaus

No 2º dia de greve, a paralisação atinge 30% da frota de ônibus e causa transtornos à população. A categoria reivindica reajuste salarial de 12% e manutenção da função de cobrador.

Justiça autoriza uso de força policial durante greve dos rodoviários em Manaus

(Foto: Celestino Leal/ Portal AM1)

Manaus (AM) – O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT-11) intimou, com urgência, o Sindicato dos Rodoviários de Manaus a prestar esclarecimentos sobre a continuidade da greve no transporte coletivo, que já dura dois dias na capital. A decisão, assinada na noite de terça-feira (15) pelo desembargador David Alves de Mello Júnior, concede 24 horas para manifestação da entidade, prazo que se encerra na noite desta quarta-feira (16).

No despacho, o magistrado autoriza o uso de força policial para garantir o cumprimento da medida, caso haja resistência por parte dos representantes sindicais. A intimação também pode ser feita por meios eletrônicos.

“Se necessário, requisitar força policial, uso de chaveiro ou arrombamento de portas, a qualquer hora e lugar”, diz um trecho da decisão.

O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), afirmou nesta quarta-feira (16) que o reajuste salarial dos rodoviários só será possível com o aumento da tarifa de ônibus. Segundo ele, o Ministério Público questiona a metodologia do subsídio, não o reajuste da passagem.

Almeida disse acreditar que um entendimento será alcançado nos próximos dias para resolver o impasse e restabelecer a normalidade no transporte coletivo da capital.

Assista à entrevista do prefeito ao Portal AM1:

Greve parcial continua

A paralisação atinge 30% da frota de ônibus e causa transtornos à população. A categoria reivindica reajuste salarial de 12% e manutenção da função de cobrador. Segundo o presidente do sindicato, Givancir Oliveira, a greve foi intensificada nesta quarta-feira, mas ainda sem aumento na adesão.

De acordo com decisão anterior da Justiça, 70% da frota deve operar nos horários de pico (6h às 9h e 17h às 20h), e 50% nos demais turnos. O descumprimento pode gerar multa de R$ 60 mil por hora.

Negociações sem avanço

Na terça-feira (15), houve uma reunião entre sindicato, Sinetram e Prefeitura de Manaus, mas sem acordo. As discussões incluíram a retirada gradual dos cobradores e o reajuste salarial da convenção coletiva 2025/2026.

O Sinetram afirmou que mantém diálogo aberto e busca soluções equilibradas para valorizar os trabalhadores e garantir a sustentabilidade do transporte público.

Já a Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), declarou que monitora a greve e defende o diálogo, destacando a necessidade de preservar o serviço à população.

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